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Enviada em: 28/08/2018

No livro A língua de Eulália, o autor tem como objetivo desfazer o preconceito linguístico apresentado na sociedade devido à falta de conhecimento da origem da Língua Portuguesa. No Brasil, o preconceito linguístico ainda é muito frequente, visto que seja um problema histórico-cultural e social. Nessa perspectiva, cabe avaliar os fatores responsáveis pela problemática.      Em primeira instância, a linguista Marta Scherre, diz que o julgamento depreciativo da fala do outro ou até a própria, geralmente atinge a grupos de menor prestígio social. Por essa linha, vale ressaltar que tal preconceito é interligado também ao âmbito regional, surgindo uma falsa ideia de superioridade entre urbano e rural, no qual, em muitos casos de êxodo rural, quando as vítimas chegam ao meio urbano sofrem tal aversão pelo modo da fala, escrita e vícios de linguagens.        Somado a isso, é perceptível também que há desigualdade de ensino no Brasil; de acordo com dados do jornal G1, 81,3% das vítimas de preconceito linguístico são de camadas mais populares. Ou seja, nessas regiões mais carentes existe um déficit na educação e os mesmos não possuem aulas de língua portuguesa e gramática qualificada, e, consequentemente, dificulta na busca de empregos, como sendo um exemplo dos efeitos dessa desigualdade.        Portanto, faz-se necessário que o Governo, por meio do Ministério da Educação, faça melhores investimentos na educação básica, com profissionais da Língua Portuguesa para orientar quanto ao uso da língua padrão e gramática, mas também, mostrar que existem variações quanto aos vocabulários regionais e precisam ser respeitados. Ademais, é importante também a criação de palestras abertas ao público a respeito das variações linguísticas, com intuito de que todos passem a ter conhecimento do assunto e reduza o preconceito.