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Enviada em: 08/09/2018

“A história da humanidade é a história da luta…” para acabar com os preconceitos presentes na sociedade. Adaptando a frase de Karl Marx, atualmente, tem-se um dos maiores obstáculos para a construção de uma sociedade menos hostil: o preconceito linguístico. Por vivermos, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman em uma modernidade líquida, a falta de constância nas relações sociais, faz com que esse preconceito faça parte do cotidiano no que se diz respeito às diversas formas linguísticas.     Preliminarmente, na obra "Casa Grande e Senzala" de Gilberto Freyre, o autor argumenta que as diversas formas linguísticas presentes no Brasil, formam a identidade nacional, a qual deve ser respeitada independentemente de como as mesmas são expressadas. Todavia, ainda existe muita discriminação na forma como certas palavras são ditas, fenômenos como o rotacismo, a troca do r pelo l, acabam por criar uma segregação social, no qual indivíduos que sofrem com o preconceito linguístico, podem, com o tempo, adquirir problemas de socialização.     Ademais, é necessário ponderar o papel subjetivo da coletividade. Para o sociólogo Durkheim, é fácil coagir uma sociedade a agir de acordo com um padrão, a partir da consciência coletiva. Dessa forma, a partir do momento em que um cidadão destoa do modelo imposto pela sociedade, no caso, a norma culta, o mesmo é tratado com descaso, como se a sua forma de falar, fosse errada, o que fere a Constituição Federal de 1988  que designa que ninguém deve ser submetido a tratamento degradante.    Destarte, diante dos fatos supracitados