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Enviada em: 30/08/2018

Com a grande imigração do século XIX, pessoas de diferentes países vieram ao Brasil, e com isso, a língua sofreu certas modificações, caracterizando cada região. Entretanto, encontra-se no país uma onda de ataques aos dialetos de diferentes localidades, podendo afetar negativamente os indivíduos que os pertence. Sendo assim, deve-se adotar medidas para solucionar esse impasse.   Em primeiro lugar, é imprescindível mencionar o contexto histórico. Logo, com o governo constitucional de Getúlio Vargas, o Brasil adotou uma política ultranacionalista, prezando totalmente pela cultura nacional e desprezando os estrangeiros. Por conseguinte, muitos imigrantes, principalmente os japoneses que chegaram à São Paulo, sofreram preconceito linguístico por não saberem falar corretamente a língua portuguesa e, justamente por isso, muitos deles evitavam se socializar. No entanto, esse tipo de preconceito ainda perpetua na sociedade. Partindo dessa perspectiva, temos como exemplo o caso do ex-presidente Lula, que foi acusado por colunistas de "trucidar" a língua portuguesa, em 2011.     Em segunda análise, é importante ressaltar que cada localidade tem suas características e seu dialeto, e universalizar isso seria o mesmo que destruir a cultura, como ocorreu durante o Brasil Colonial, em que os portugueses substituíram a língua nativa pela portuguesa. Outrossim, o preconceito linguístico é gerado pela ideia de que existe uma única forma correta de se falar. Dessa maneira, se elabora uma visão depreciativa àqueles que aderem às demais variantes da língua, o que geralmente está ligado aos grupos de menor prestígio na sociedade, e estes indivíduos podem apresentar dificuldades para se socializar e até para conseguir emprego, devido ao preconceito.    Dessarte, ações devem ser tomadas para intervir na problemática. Portanto, é dever da escola, abordar o assunto por meio das aulas de português, apresentando aos alunos as variantes linguísticas e tendo como objetivo formar indivíduos tolerantes aos demais dialetos existentes. Do mesmo modo, também cabe à mídia, romper com esteriótipos de escárnio aos personagens que não utilizam a norma culta padrão, mediante ao uso de propagandas e campanhas que promovam a diversidade linguística, tendo como propósito desconstruir a sociedade desse preconceito, para que assim, a língua deixe de ser um instrumento de segregação social.