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Enviada em: 06/09/2018

A língua é um dos principais alicerces para a vida em sociedade, já que é  responsável pela comunicação e a  interação entre os indivíduos. Todavia, a mesma pode ser usada como um instrumento de segregação social. Nesse contexto, deve-se analisar como herança cultural do português erudito e também a negligência das instituições de ensino para tratar sobre o tema corroboram para o preconceito linguístico.     Convém ressaltar, a princípio, que o  português é uma língua viva. Isso ocorre porque, ela está sujeita a constantes transformações dependendo do contexto histórico, regional, social e identitário, além de outros elementos, que tem como principal agente dessas mudanças o próprio falante. Ademais, o estigma cultural existente  na sociedade desde o Brasil Colônia o qual enxerga erroneamente a norma padrão como a única forma "correta", faz com que haja discriminação e marginalização sobre a população que não detém domínio das normas gramaticais ou que apresentam variações regionais, por exemplo.     Além disso, nota-se, ainda, que a negligência das escolas em tratar sobre o tema é um dos principais responsáveis para a manutenção desse preconceito. Segundo o sociólogo, Max Weber, as ações sociais estão diretamente vinculadas aos valores e princípios. Nesse sentido, quando as escolas não tratam da importância de ensinar e instigar a valorização das variantes linguística no processo de formação, acabam gerando como consequência uma sociedade preconceituosa com o próprio idioma e que cerceia a grandeza e a possibilidade de ser poliglota no mesmo idioma.    Urge, portanto, a necessidade de prezar pela dinamicidade da língua como uma ferramenta enriquecedora da cultura brasileira revertendo esse quadro nacional.Cabe ao Ministério da Educação com apoio da mídia, por meio de verbas públicas, efetivar campanhas nas escolas público/privadas e redes sociais com palestras, debates e abordagens sobre o tema -recorrentemente- por professores e especialistas. Assim, quebrando estigmas e a longo prazo erradicando por completo a discriminação língua.