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Enviada em: 15/10/2018

A língua é o principal elemento de coesão social, utilizada para unir indivíduos em uma mesma sociedade. No entanto, no Brasil moderno, a linguagem é utilizada como forma de segregação socioespacial e as variações informais sofrem preconceito recorrente. Essa intolerância com os falantes de variações não-gramaticais demonstra uma sociedade com pensamento arcaico e baseado em uma gramática antiga, causando diversos entraves sociais.    Decerto, a segregação das variantes inadequadas pela a gramática é ocasionada por uma sociedade brasileira arcaica. Em constrante com a conjuntura no Brasil, os Estados Unidos adotaram uma gramática moderna, que entende as diferentes variações da linguagens e suas utilidades no cotidiano. No contexto brasileiro, há uma gramática que prega o preconceito linguístico e tenta forçar a norma culta como única adequada para a linguagem, causando a intolerância com aqueles que utilizam outras variantes para sua comunicação.     Em consequência dessa discriminação, ocorre o aumento da desigualdade social, cujas estruturas estão baseadas no poder econômico e cultural do indivíduo. Tendo em vista que a língua é a base da sociedade, uma segregação pela linguagem afeta diretamente as classes com menor instrução, aumentando as disparidades socioeconômicas no país. Esse pensamento é errôneo ao passo que a diversidade linguística do Brasil não permite tratarmos erros de linguagem, somente inadequações.       Faz-se necessário, portanto, que as instituições escolares promovam aulões temáticos e fóruns de debate sobre os problemas do preconceito linguístico no Brasil, visando minimizar esse pensamento no âmbito social. Além disso, a mídia deve parar de utilizar personagens com linguajar estereotipado para fins cômicos, com objetivo de diminuir a intolerância com as diversas variações da língua portuguesa. Desse modo, ocorrerá a diminuição do preconceito linguístico no país e consequente diminuição da intolerância socioespacial e econômica, melhorando o Brasil no geral.