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Enviada em: 30/09/2018

Segundo o teórico iluminista Rousseau, as ideias humanas se estenderam e se multiplicaram ao longo do tempo formando linguagens extensas e inflexões na voz. Com isso, a variação da língua falada é um fato em todas as sociedades. Entretanto, a mudança da linguagem provoca preconceitos linguísticos ocasionados pela perpetuação de estereótipos e de um ensino metódico.     Nos quadrinhos do cartunista brasileiro, Maurício de Sousa, a personagem Chico Bento é o típico cidadão do interior do Brasil, apresentando uma dialética "caipira". Conquanto, fora da ficção, esses dialetos são reforçados como estereótipos negativos que perpetuam a  crença de uma língua inferior a falada nos centros urbanos. Isso ocorre devido a razões históricas, as quais vangloriavam o linguajar da metrópole portuguesa em detrimento àquela falada na colônia.        Outrossim, o ensino da língua portuguesa no Brasil traz consigo um rigor metódico sem considerar as variantes faladas no país. Esse fato pode explicado devido ao uso apenas da gramática normativa das escolas, ocasionando assim, a falta de empatia com os indivíduos que não têm acesso ao ensino culto. Logo, como relatado no livro de Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma, o uso sistemático da dialética pode provocar a valorização inadequada da língua.        Dessa maneira, medidas deverão ser tomadas para solucionar o problema. Por isso, a mídia pública deve institucionalizar programas que apresentem as diversas variantes da língua no aspecto cultural de cada região à população, para evitar os estereótipos acerca do linguajar brasileiro. Ademais, o MEC deve proporcionar o estudo dos diversos dialetos nas escolas para que os estudantes possam respeitas as pessoas que não possuem acesso a educação formal e consequentemente possuem uma linguagem diferente.