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Enviada em: 19/10/2018

Na antiguidade grego-romana, os povos não falantes de latim eram considerados bárbaros e sem cultura. Analogamente, a sociedade brasileira possui um ideal semelhante, pois o Brasil é um país extenso territorialmente e com regiões diversificadas culturalmente o que ocasiona diferentes formas de se comunicar. Consoante a antiguidade, há praticas de preconceitos relacionados à fala que geram incômodos e privações sociais.     Sobretudo, na colonização brasileira houve trocas culturais significantes entre índios, portugueses e africanos que foram trazidos para a escravidão. Indubitavelmente, a língua brasileira é uma fusão dessas culturas, fornecendo particularidades a cada região. Contudo, erroneamente alguns brasileiros praticam preconceito linguístico, o ato de descriminar alguém falante do mesmo idioma por não respeitar as variações decorrentes na língua como, gírias, sotaques ou dialetos. Além disso, muitos atribuem características pejorativas a essa população. A exemplo, no sudeste brasileiro há esteriótipos relacionado aos nordestinos, que caracterizam-os como sem intelecto, cultura e informação, apenas por praticarem diferentes formas de comunicação.     Certamente, o preconceito linguístico está presente na sociedade brasileira e gera consequências graves a população atingida. Por conseguinte, alguns cidadãos sofrem incômodos e privações sociais devido ao preconceito. Exemplificando, a escritora Carolina Maria de Jesus relata em seu diário como era descriminada pelo modo que se expressava e pelo seu local de origem, devido a isso evitava frequentar locais, onde sabia que seria julgada. Contudo, segundo a Constituição Brasileira, toda a população tem o direito de ir e vir, sendo livre para estar aonde quiser, todavia devido ao preconceito, Carolina era privada de ir a lugares e se comunicar, assim como diversos cidadãos brasileiros.      Em suma, para que todos possam exercer seus direitos sem privações, esteriótipos e preconceitos, e contemplem a plena liberdade, faz-se necessário que o Ministério da Educação em parceria com escolas, produza palestras e debates visando os pais e alunos, para conscientizá-los sobre o preconceito, mostrando que o idioma é formado por diversas culturas e visões de mundo diferentes e que a linguagem não interfere no caráter de ninguém. Ademais, por meio de propagandas na televisão, rádio e Internet, o Ministério das Comunicações deve incentivar o respeito ao próximo, mostrando a beleza de cada região e a necessidade de respeitar as variações linguísticas.