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Enviada em: 05/09/2018

De acordo com o sociólogo francês Pierre Bordieu, o mundo social funciona como um sistema de relações de poder e como um sistema simbólico, em que distinções de gosto se tornam a base do julgamento social. Deste modo, é necessário entender como funciona o preconceito linguístico e as dificuldades enfrentadas por quem faz uso de variantes e dialetos.     Em princípio, é importante salientar que a colonização do país foi marcada pela imposição aos índios à língua portuguesa. Além disso, houve uma intensa miscigenação de culturas que foi moldando nossa linguagem com centenas de variantes e dialetos. Isso porque, com o passar dos anos e com o aumento da mistura, a língua foi crescendo, de acordo com o que cada cultura tinha para oferecer. Porém, a norma culta se transformou em sinônimo de prestígio social, o que fez com que as distinções fossem menosprezadas ao longo dos séculos.     Ademais, o sistema educacional também contribui com esse preconceito já que é ensinado somente um português, o padrão. Assim, não há uma abordagem diferente dessa vasta pluralidade linguística. Com isso, a escola torna-se um lugar propício para a intolerância e preconceito contra alguns alunos ao se expressarem.     Portanto, para dirimir esses problemas, algumas ações são necessárias. A fim de promover novos contextos, é necessário que o Ministério da Educação crie novos projetos e parcerias entre escolas e especialistas. Além disso, a mídia deve divulgar esse problema, por meio de ficções e reportagens para que, dessa maneira, as distinções não se tornem base do julgamento social, e sim, orgulho e parte da história de um povo.