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Enviada em: 05/09/2018

No decorrer dos séculos a sociedade tem demonstrado preconceito com referência a alguns dialetos e línguas, tendo em vista que o controle social é auto imposto. Fazendo menção quanto aos povos, línguas e nações, a história revela que culturas foram suprimidas devido a mecanismos de controle social estabelecidos por aqueles que detém o poder. Infere-se ainda que índios, negros e outras raças, a exemplo dos Ianomâmis e pigmeus, têm sofrido o efeito devastador do preconceito linguístico quando se torna oficial a extinção das formas como se comunicam, em detrimento de outras. Entretanto, hoje busca-se a superação desses preconceitos devido suas consequências não só na perspectiva cultural, mas também social.        Nesse contexto, autores de diversos livros sobre o assunto – entre os quais o famoso "Preconceito linguístico", de Marcos Bagno, linguístico brasileiro, enfatiza que durante a formação educacional do jovem, a própria escola tenta impor a norma linguística como se ela fosse a única língua comum a todas as pessoas. Sob esse viés, atos de intimidação e preconceito social e cultural podem ser encarados como resultado de uma má estruturação ética e psicológica na formação do indivíduo. Em nota, índios, negros e outras raças presentes na sociedade brasileira sofrem com a intimidação sistemática, na qual, se refere, sobretudo, na sua composição lexical e cultural.      Outrossim, Ariano Suassuna, dramaturgo brasileiro, argumenta que a busca da superação aos preconceitos linguísticos, principalmente, baseando- se em suas consequências, assume um aspecto primordial em sociedade, decorrente de vários fatores que passam despercebidas pela população, a exemplo: a extinção das formas como as pessoas se comunicam; a saber a maneira correta de utilizar os mecanismos linguísticos da Língua Portuguesa, no que tange ao respeito da linguagem formal ou informal; e principalmente, aceitar às diferenças em sociedade, fazendo assim, uma maior interação entre jovens e adolescentes mais tolerantes e voluntários desse tema tão característico do país.       Desse modo, cabe ao Estado e à sociedade promover mudanças que amenizem os índices de preconceito linguístico no Brasil. Para tanto, é necessário que o Ministério da Educação, por meio de palestras nas escolas, com a participação de psicopedagogos, e do estímulo ao uso de livros socioeducativos, como a obra de de Marcos Bagno, incentive a boa adequação social do indivíduo e a tolerância às diferenças, com o fito de viabilizar o respeito à integridade alheia. Ademais, o Ministério da Cultura, juntamente a atores midiáticos, deve realizar campanhas engajadas, como produções cinematográficas que discutem as consequências do preconceito linguístico, a fim de desenvolver a participação coletiva e inserção social no país.