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Enviada em: 16/08/2019

´´Abapuru´´ é uma pintura da artista brasileira Tarsila do Amaral, tal obra ganhou destaque no Modernismo brasileiro. No quadro, é retratado um homem com os pés e as mãos grandes o que indicava o trabalho físico, pois esse era o ofício da maior parte da população brasileira na época, a cabeça desproporcional ao corpo é pequena ao representar a falta de pensamento crítico. A partir disso, de maneira semelhante, vê-se a necessidade, hoje, de discutir no Brasil sobre as consequências que o preconceito linguístico gera. Nesse sentido, cabe analisar problemáticas como: a intolerância com o próximo e o constrangimento que as pessoas passam por sua maneira de falar, em busca de soluções eficientes para findar essa óbice.          Em primeiro plano, é ideal esclarecer que o preconceito linguístico é um desrespeito às variedades linguísticas de menor prestígio social, os indivíduos elitizados julgam a sua maneira de falar como ´´correta´´ , pois impõem um padrão de acordo com  as normas da língua portuguesa, e tudo que desvia-se disso é considerado ´´errado´´. Segundo dados do G1, 30% dos brasileiros alegam ter sofrido preconceito linguístico por causa da classe social. Em suma, os indivíduos de classe social menos favorecida, geralmente sofrem discriminação pela sua maneira de falar, já que, não possuem acesso à uma educação escolar benéfica.        Ainda sob essa perspectiva, interessa lembrar que os habitantes de regiões interioranas do território brasileiro, como os nordestinos sofrem constantemente preconceito pelo seu sotaque, o que causa constrangimento, pois são vistos de forma estereotipada e são motivo de risada. Todavia, no período modernista brasileiro, os poetas criavam seus poemas com uma linguagem coloquial, para que a população tivesse acesso à leitura o que formava cidadãos críticos, visto que as publicações dessa época questionavam os aspectos sociais da sociedade brasileira. Em síntese, essa premissa permite, então, que se traga à tona a discussão sobre os dias atuais nos quais o preconceito linguístico perdura, diferentemente daquela época em que a coloquialidade era imprescindível nos poemas.             Diante desses aspectos, é necessário tomar medidas para deslindar a questão do preconceito linguístico no Brasil. Dessa forma, é preciso que o MEC (Ministério da Educação e Cultura) com o apoio de professores façam eventos sociais que serão realizados em escolas públicas e privadas, como palestras que terão o objetivo de promover debates acerca do preconceito linguístico, os professores estarão dispostos a esclarecer os questionamento dos alunos. Para que os estudantes passem o conhecimento adiante, afim de alertar a população sobre as consequências que o preconceito linguístico gera, já que, o fim dessa problemática seria uma utopia.