Enviada em: 31/03/2017

Os portugueses ao colonizarem os índios imporam também  sua língua. Por meio de tal ato inúmeras linguagens foram destruídas. Entretanto, o português brasileiro é formado por miscigenação e possui variantes linguísticas, como sociais e regionais. Contudo, a norma padrão é considerada a de maior prestígio por elevado número de pessoas, acarretando preconceito linguístico e exclusão social a quem não a utiliza. Ademais, a principal função da língua é a transmissão de mensagens claras.  No que tange a gramatica normativa, esta é uma pequena parte da língua, visto que tal é muito mais vasta, abrangendo modos diversos de falar, conforme a região, a cultura e a faixa etária. Portanto ao classificar alguma linguagem como a única correta e atribuir poder aos seus falantes é exercido o preconceito linguístico, que segundo Marta Scherre, pesquisadora Nacional de Desenvolvimento e Tecnologia, é retirar o direito de fala de milhares de pessoas. Além de preconceito social, que associa as outras formas de falar e quem as utiliza como inferiores, excluindo-os socialmente.  Ainda convém lembrar que a principal função da língua é passar mensagens claras, entendível entre seus receptores e adequada a determinados tipos de ambientes. Oswald de Andrade, em seu poema Pronomiais deixa isto evidente, mostrando que a gramatica utilizada pelos mais cultos é diferente da utilizada pelos que ele considera como bom brasileiros, evidenciando que ser simples e claro é prioridade.   Diante disso, é fundamental que os professores se dediquem a não determinar a norma padrão como a única correta, estimulando todos os tipos de linguagem, para que o preconceito linguístico não seja disseminado no ambiente escolar. Ademais outro fator importante é a consciência populacional de que todas as formas de falar são corretas e apenas diferentes, e falar da sua própria maneira, não buscando se modificar para se encaixar na norma culta.