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Enviada em: 30/03/2017

Bolacha ou biscoito? Mode que ou pra que? Guri ou moleque?, esses são apenas alguns dos embates dialéticos presentes no Brasil. Afinal, um país com uma enorme carga multicultural como tal, se torna detentor de uma variância linguística, que desde o processo de colonização, enfrenta preconceitos frente a sua diversidade. E respeitar as diferenças da língua é uma prática moral, cultural, ética e necessária em uma nação de amplas desinências dialetais.         A heterogeneidade da língua está ligada a diversos fatores, como: regionalidade, cultura e o acesso ao estudo. Nos quais  são apenas um recorte das características que refletem sobre o modo de falar de um indivíduo, desenvolvendo muitas vezes, o exercício da intolerância por parte de pessoas que acreditam que a língua é imutável e somente há uma certa, deixando para trás a ideia do mobilismo de Heráclito, que conceita que tudo pode mudar. E exemplo de tal discriminação, foi o recente caso do médico que debochou do paciente devido a sua forma de falar os termos técnicos da área medica, deixando claro que a "ignorância" não é única dos desprovidos de estudo.      Outro ponto que pode ser observado é a questão do progresso da língua, que no mundo contemporâneo devido ao avanço da tecnologia tem tornado-a cada vez mais híbrida, deixando mais nítida as transformações da língua. E partindo da teoria da seleção natural de Darwin, que alega que o ser humano é fruto do processo evolutivo e mesmo que sejam da mesma espécie, há diferenças que os permeiam. Tal conceito, acentua o fato de que falar diferente não é errado e sim uma característica complementar no arranjo linguístico de um indivíduo.       Diante disso, verifica-se que o preconceito linguístico é uma violação pessoal, alicerçada no desrespeito e depreciação do próximo. E visando atenuar tal problemática, medidas fazem-se necessárias. Exemplo delas são: atuação do ministério da cultura formulando e implementando políticas públicas; como encontros de pessoas de varias regiões para debater sobre o preconceito linguístico, ao ministério da educação cabe aprimorar os canais de ensino para que chegue de forma democrática a todos os indivíduos. Com isso, poderá se amenizar atos preconceituosos. Afinal para Confúcio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.