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Enviada em: 19/06/2017

O preconceito linguístico é à diferença linguística existente dentro de um mesmo idioma. Na obra de Marcos Bagno, elenca inúmeros mitos, sobre a relação do brasileiro com sua língua materna e a maneira como eles contribuem para propagar ‘’circulo vicioso de preconceito linguístico’’. No Brasil, esse preconceito é bem notório, visto que muitos indivíduos consideram a sua maneira de falar superior a de outros grupos. Dessa forma, nota-se que, esse preconceito, mais do que linguístico, é cultural e social.       Apesar de existir uma norma culta de como escrever corretamente as palavras, o uso oral são faladas de formas diversificadas. Por exemplo, as pessoas que moram em um capital, não falam do mesmo jeito que aqueles que moram no interior, assim essas pessoas tornam-se os principais alvos de discriminação. Isto é, as pessoas da capital acreditam que sua maneira de falar é superior a de pessoas que habitam no interior do estado. Nesse caso, muitas palavras pejorativas e depreciativas são utilizadas para determinar algumas dessas pessoas através de um estereotipo associado à variedade linguística, por exemplo, o nordestino, o baiano, o roceiro entre outros.       A gramática tradicional quer impor a linguagem literária como a única forma legítima de falar e escrever e despreza totalmente os fenômenos da língua oral. Assim, fazendo com que a língua seja rebaixada e se torne mera regulamentação ortográfica, e os falantes da língua portuguesa se tornem meros tecnicistas, reproduzindo as formas de escritas categoricamente. Nessas perspectivas, são vistos manuais que são encontrados no mercado, que supostamente ensinam o português ‘’correto’’. Entretanto, o argumento usado para defender o uso da gramática estritamente normativa, é a suposição de que ter esse conhecimento seria uma forma de ter um mecanismo de ascensão social. No entanto, isso se torna suspeito ao analisar as condições dos professores de gramatica no Brasil. Porque se fosse assim os professores deveriam fazer parte da classe política mais importante do país, e dada às circunstancias isso não é uma realidade no Brasil.       Diante dos fatos, viu-se que, o erro na gramática de forma alguma reflete sobre sua capacidade de percepção. Mas, a fala incorreta acaba por trazer um preconceito linguístico. Então, é necessário que, o cidadão comum seja perspicaz em perceber os preconceitos e injustiças para assim conseguir desenvolver um trabalho coletivo que venha melhorar efetivamente a condição social no país. Além disso, o governo necessita incentivar as pessoas a darem valor para os professores, de forma que eles consigam  ser vistos como merecem. E a maneira que outras pessoas falam, dependentes da região que moram, não deveriam ser vistos como uma fala errada, e sim como uma herança de suas regiões.