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Enviada em: 26/06/2017

Em seu livro: Preconceito Linguístico, Marcos Bagno afirma que "Todo falante nativo de uma língua sabe essa língua".O Brasil além de ter uma grande extensão territorial, é um país marcado pelas desigualdades sociais, sendo assim, apesar da língua falada pela maioria da população ser o português, esse apresenta alto grau de diversidade, que acaba contribuindo para o preconceito linguístico.    A escola por vezes acaba atuando como propagadora desse preconceito,uma vez que, além de não discorrer sobre a diferença entre língua e gramática normativa,considerando e rotulando como "erro" qualquer desvio ortográfico. Acaba desconsiderando que os alunos falam variedades diferentes de uma mesma língua, numa tentativa de "unificação" dessa de acordo com a norma culta.       A Constituição afirma que todos os indivíduos são iguais perante a lei, mas essa mesma lei é  redigida numa língua que apenas uma minoria da população consegue entender. Nesse sentido, a língua acaba atuando como instrumento de dominação social, visto que aqueles das camadas mais desfavorecidas deixam de usufruir de serviços a que têm direito por não compreenderem a linguagem utilizada pelos órgãos públicos.       Considerando o que foi apresentado, o primeiro passo para combater o preconceito linguístico é reconhecer que esse é uma realidade no Brasil. As escolas, por sua vez, devem atuar no sentido de promover a democratização do ensino do português e da verdadeira diversidade linguística do país, para melhor planejarem a política de ação junto aos falantes marginalizados da variedade não-padrão.