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Enviada em: 30/06/2017

É comum que um país altamente miscigenado e que apresenta mais de duzentos milhões de habitantes apresente divergentes formas de comunicação. Entretanto, hodiernamente no Brasil milhões de habitantes são vítimas do preconceito linguístico. Nessa ótica, percebe-se que a problemática persiste por ter profundas raízes históricas e se perpetua através da escola, cujo papel é totalmente contrário. Segundo Maquiavel, os preconceitos têm mais raízes do que princípios. Dessarte, nota-se que o autor tem razão, dado que a intolerância linguística está presente no país desde o período colonial no século XVI quando os catequizadores portugueses impunham aos nativos uma forma correta de se falar, o que acarretou em uma enorme perda da identidade cultural dos indígenas. Sendo assim, vê-se que a conduta dos padres gerou, em consonância com a norma culta, um “padrão” comunicativo no qual quem não se adequa sofre intensas discriminações. Desse modo, percebe-se que o preconceito em questão se perpetua, em grande parte, dentro das escolas as quais têm a função de romper com o fenômeno. Por conseguinte, a todo momento os alunos sofrem intensas correções acerca do modo como falam por parte dos professores os quais até ameaçam tirar nota caso a gramática não seja usada. Tais atitudes acabam polarizando as salas, sendo que os estudantes os quais não se adequam ao “padrão” sofrem constantes humilhações e até de bullying por parte dos colegas, o que permite criar um sentimento de aversão à escola. É evidente, portanto, que essa intolerância precisa ser cremada em âmbito nacional. Logo, cabe ao Ministério da Educação comunicar aos educadores através de reuniões e frases explícitas nos livros dos professores que correções acerca da forma de falar são inadmissíveis. Ademais, é papel das ongs e escolas coibir por meio de palestras a ideia de que existe uma única forma de se expressar, além disso uma boa alternativa é gravar estas a fim de divulga-las em redes sociais com intuito de aumentar o público-alvo. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: “O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação. ”