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Enviada em: 17/07/2017

O Brasil é um país com culturas e costumes diversificados, não obstante, a língua reflete essa miscigenação e possui variáveis de acordo com a região e classe social. O repúdio pelas divergências entre as regras gramaticais estabelecidas e os diferentes parâmetros da língua falada é considerado preconceito linguístico, que é uma problemática comum na sociedade.       O acesso a educação de qualidade permite ao indivíduo enriquecer seu vocabulário, sendo assim, as classes mais baixas geralmente não dominam as normas cultas, gerando uma falsa sensação de superioridade das classes altas, aumentando o preconceito.       Considera-se  uma falsa sensação pois a riqueza da língua falada não está no uso de palavras rebuscadas ou em seguir perfeitamente as regras gramaticais, mas está na carga cultural e histórica que cada variação linguística carrega e em como elas realçam a cultura brasileira.       É importante ressaltar que a língua não segue a gramática, simplificadamente, não se fala da mesma forma que se escreve e por esse motivo não existe um modo de falar superior ou inferior, mas indivíduos que vivem em lugares e condições diferentes e possuem suas peculiaridades na linguagem.       É dever do Estado, portanto, estabelecer o ensino da diversidade da língua nas escolas e conscientizar a populaçaõ em relação ao respeito, já que, assim como acreditava Sócrates, o erro, nesse caso o preconceito, é consequência da ignorância humana, ou seja, da falta de informação sobre a própria língua.