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Enviada em: 04/08/2017

Algumas pessoas, atualmente, notam variações linguísticas de outros indivíduos e, no constante uso de explicações de baixa reflexão, utilizam-se de uma vertente do etnocentrismo para julgar a diversidade do outro como inferior, tendo por base, muitas vezes, a região de onde o outro veio. Logo, nota-se que o preconceito linguístico está ligado à discriminação regional e social.  Em primeiro lugar, convém lembrar o motivo pelo qual esses preconceitos estão em associação. Quando analisamos a América do norte, nota-se que os cidadãos dos EUA não possuem aversão linguística para com os cidadãos do Canadá, Austrália, Irlanda e Reino Unido, pois embora haja diferentes dialetos do idioma inglês nessas nações, todos são países desenvolvidos. O que não acontece no Brasil, pois, observa-se que há preconceito com pessoas que vem de locais menos desenvolvidos, como o Norte e Nordeste, às regiões mais desenvolvidas, o que acaba fomentando a Discriminação, preconceito e até o racismo, visto que as regiões consideradas "atrasadas" apresentam alta porcentagem de negros e índios.  Além de aumentar os problemas já existentes na sociedade, a aversão linguística pode criar outros mais alarmantes. Se tal discriminação for aumentada, acabaria isolando culturalmente certas regiões, o que pode incentivar movimentos separatistas como o Plebisul, que objetiva a secessão dos Estados do Sul por não identificação cultural desses para com o resto do país, levando a fragmentação territorial da nação, além de agravar a crise política já existente.   Fica nítido, portanto, a existência de problemas acerca do preconceito linguístico, entretanto, os mesmos podem ser resolvidos desde que a sociedade e o Governo tomem as decisões certas. Segundo o filósofo prussiano Kant, "o homem não é nada além do que aquilo que a educação faz dele". Com base nesse conceito, o correto a ser feito seria educar os jovens cidadãos, através do Estado em parceria com as Escolas e ONG's, sobre os fatores que lavam ao desenvolvimento de diferentes dialetos regionais, assim como o respeito para com sua existência, diversidade e  importância, pois eles caracterizam a identidade brasileira, além de serem  patrimônios  culturais imateriais defendidos pelo IPHAN e incentivados pela ONU.