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Enviada em: 22/08/2017

Decorrente da colonização brasileira, o caldeamento de etnias europeias e indígenas resultou na diversidade linguística a que o país detém. Por isso, e ainda influenciado pelo federalismo das primeiras repúblicas, o território nacional abrange diversas formas de reproduzir o mesmo idioma. Entretanto, uma vez que a sociedade é fortemente hierárquica, a abundância de sotaques e termos ameaça o domínio do povo erudito. Logo, o preconceito linguístico surge como sério fator discriminatório.       Assim como afirmou Betinho, sociólogo mineiro, um país muda sim pela sua cultura. Diante disso, nota-se que a flexibilidade da língua portuguesa é inerente à identidade de cada região e de cada classe. Contudo, a padronização da fala independente do contexto é discutida por um alto índice de brasileiros, visto que contribui para a repressão da pluralidade populacional. Portanto, o atual molde linguístico caracteriza-se a favor dos grupos imperantes.        Ademais, com o avanço dos meios de comunicação, as maneiras de se expressar tornaram-se proporcionalmente mais diversas. Consequentemente, para além das distinções regionais e sociais, o século vigente corrobora o surgimento de inovações linguísticas. Isto posto, o choque de gerações garante o preconceito da fala entre as respectivas gentes.       Em vista disso, a tríade família, escola e mídia deve solucionar a problemática. Deste modo, com o intuito de informar os jovens, as escolas precisam incluir debates sobre a variedade linguística em sua programação oficial. Para mais, as famílias são responsáveis por educar diretamente os filhos sobre a necessidade de acolher a cultura plural do país. Por fim, a mídia tem o poder de vincular propagandas direcionadas ao amparo da numerosidade do falar brasileiro.