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Enviada em: 07/09/2017

Para o sociólogo brasileiro Betinho, um dos pilares do desenvolvimento humano é a liberdade. Depreende-se, nesse sentido, que o preconceito linguístico é problemática a ser resolvida, porquanto fere tal princípio no que tange à expressão. Dessa forma, é válido não só analisar que uma difundida mentalidade social é a principal causa do problema, mas também observar como isso pode impulsionar realidades danosas às vítimas desse contexto.    De início, nota-se que, assim como o filósofo Sócrates alega, os erros, em sua maioria, são resultados da ignorância humana. Com isso, em ambientes educativos, os ensinamentos que prestigiam apenas a norma culta - e excluem, consequentemente, gírias e expressões regionais - influem na não aceitação das variações da língua, uma vez que há decorrente desconhecimento sobre a função da fala: passar mensagens, sem necessariamente utilizar da norma padrão. Não é à toa, por conseguinte, em mídias sociais, ocorrer a frequente circulação de vídeos que condenam as expressões díspares das presentes em lugares formais - que geralmente fazem uso da linguagem culta. Entretanto, ainda que esse cenário preconceituoso seja frequente, é necessário destacar a urgência de implementações de medidas para seu término, pois tal panorama, em variados casos, repudia o bem-estar de diversos indivíduos.    Diante disso, convém compreender que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde pode ser considerada como conforto mental, físico e social. Percebe-se, nesse ínterim, que o impasse em questão tende a romper esse fundamento, principalmente no que se refere ao viver bem em sociedade, haja vista as chances de malfeitores externarem seus preconceitos por intermédio de, por exemplo, agressões verbais. Esse quadro, pois, pode proporcionar exclusões sociais e danos psicológicos, o que comumente ocorre em ambientes estudantis e em redes on-line. Assim sendo, seja pela conscientização ou pela criação de leis, a saúde populacional deve ser defendida.    Essa conjuntura, portanto, é contratempo a ser solucionado. Logo, em aulas de português ou em palestras, professores de escolas e universidades poderiam passar a valorizar a linguagem do dia a dia, ao mostrar que a norma padrão e o coloquialismo, em diferentes âmbitos, estão ambos corretos. Acresce, ainda, que o Poder Legislativo tem a opção de tipificar o preconceito linguístico como crime, de modo a penalizar os infratores por meio de pagamento de indenização por danos morais. Dessa maneira, a problemática também será mitigada em redes on-line de comunicação. Por fim, cabe ao grêmio estudantil de cada colégio criar centros de denúncias anônimas, de forma a possibilitar a colocação de bilhetes em caixas que poderão estar em salas da instituição. Destarte, assegurar-se-á a liberdade de expressão, bem como preservar-se-á o bem-estar social.