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Enviada em: 06/09/2017

Pneumonia        É fundamental e natural que a língua mude conforme o passar do tempo. Na medida em que a cultura não é estática, a linguagem encontra-se diretamente ligada a essas mudanças, que são necessárias para garantir a continuidade de seu funcionamento. Nesse sentido, ainda é comum o preconceito da fala e isso deve ser repudiado.         A função do dizer é a comunicação. Mesmo assim, há ainda os que julgam quem não fala de acordo com a norma padrão, sendo que ninguém segue a língua portuguesa na íntegra no dia a dia, a não ser em um discurso altamente supervisionado e elaborado anteriormente. Como já dizia o educador Paulo Freire: ”mudar é difícil, mas é preciso”. Sob esse aspecto, cabe ao cidadão respeitar e acabar com a imagem de que o certo é tudo aquilo que está de acordo com a norma.          Logo, o problema não está somente nos erros gramaticais, pois todos cometem deslizes coloquiais, mas sim no indivíduo que erra e não tem alto nível de estudo. Prova disso, foi um médico que criticou um paciente, em rede social, após atende-lo. O ato ocorreu após o enfermo pronunciar pneumonia de forma errada, o que repercutiu de forma negativa, pelas pessoas acharem a ação desrespeitosa. Enquanto não houver respeito ao próximo, esse será mais um dos motivos da persistência a preconceito linguístico.        Portanto, a crítica por falar errado ainda perpétua. Sendo assim, a escola e a família podem trabalhar esse comportamento na raiz, ensinando o idioma com suas variações, desenvolvendo junto com os alunos/filhos um sentimento de respeito mútuo quando o colega falar errado. O governo por sua vez, poderia ficar responsável por divulgar em meios sociais, nas ruas, dizeres sobre a troca da língua, indicando uma normalidade quanto a isso na fala. Além disso, é possível a mídia desconstruir o preconceito inserido na cultura, mostrando os casos, assim como a história do médico.