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Enviada em: 13/10/2017

O verso de Carlos Drummond de Andrade ''tinha uma pedra no meio do caminho'', permite uma analogia ao preconceito linguístico, cujos empecilhos estão relacionados a intolerância do outro em conviver com as diferenças, devido sua escolaridade ou regionalidade. Desse modo, é de suma importância analisar seus efeitos nocivos para desviar essa pedra no meio do caminho que assola a vida de tantos brasileiros.   Em primeira análise, cabe frisar que, embora todos são falantes da língua portuguesa, a língua apresenta particulares e singularidades no contexto social, regional, etário e escolar. Isso significa dizer que a língua está em constante transformação, já que são os próprios falantes os responsáveis por essa modificação. Nesse sentido, não se deve desconsiderar a gramática e sua norma aprendida nas escolas, já que ela serve para o sustento da língua. Porém, é necessário considerar que as variações linguísticas são inerentes a língua.     Segundo a Revista Galileu, o nordeste é a região que mais sofre do preconceito linguístico. Um dado assustador, que configura o lado negativo e obscuro da intolerância do outro em se conviver com as diferenças. Esse preconceito, é oriundo, muitas vezes dos falantes do nordeste se desviarem da norma culta da língua, devido seu baixo índice de escolaridade. Nisso, ''O mito do português'' correto se sobrepõe de quem boas oportunidades e alto poder aquisitivo, acentuando ainda mais a desigualdade social. Dessa forma, permitir a análise desse cenário por entidades públicas é rever esse quadro de profundo caos. Aliás, no meio da dificuldade encontra-se a oportunidade segundo Albert Einstein.    Logo, como dizia Confúcio '' Não corrigir nossos erros é o mesmo que cometer novas falhas''. Assim sendo, é importante que o Ministério da Educação, em parceria com a mídia, promova campanhas publicitárias, semanalmente, de cunho educacional, em busca do respeito as diferenças linguística que compõem o Brasil, atingindo todas as regiões e idades, de forma a extinguir esse preconceito arcaico. Além disso, a Secretaria da Justiça, junto ao Senado, deve criar uma lei para o pagamento de multas e/ou trabalhos voluntários para aqueles que insistirem em praticar a intolerância e não respeitar a alteridade. Assim, o progresso é adiantado e os limites encurtados.