Materiais:
Enviada em: 28/09/2017

A língua é um dos principais instrumentos que sustentam a vida em sociedade, já que é responsável pela comunicação e interação entre os indivíduos. No entanto, ela também pode atuar de maneira negativa, sendo uma das ferramentos de segregação social. O escrito Franz Kafka afirmou: ''a única coisa que temos que respeitar, porque ela nos une, é a língua'', porém, este respeito muitas vezes não é perceptível.      É relevante abordar, primeiramente, que de forma que a humanidade evolui e se modifica com o passar do tempo, a língua acompanha essa evolução e varia de acordo com os diversos contatos entre os seres. No entanto, no Brasil, por exemplo, o preconceito linguístico é notório, visto que muitos indivíduos consideram sua maneira de falar superior ao de outros grupos. Este tipo de preconceito acentua ainda mais a desigualdade social no país, pois a língua está ligada à estrutura e aos valores da sociedade.       Além disso, vale salientar que, conforme Newton disse que para toda ação, há uma reação, dessa maneira, as ações antrópicas sobre a sociedade, têm acarretado inevitáveis consequências, pois indivíduos que sofrem, não só discriminação linguística, como também exclusão social e tendem a desenvolver problemas de sociabilidade e até mesmo psicológicas. Este tipo de preconceito atinge, principalmente, à grupos considerados de menor prestígio social, analfabetas e moradores do interior, donde a língua é considerada como ferramenta de distinção social, uma vez que nem todos têm acesso à norma culta ou à uma educação de qualidade. Contudo, o problema está longe de ser resolvido.       Assim, em decorrência do exposto, vê-se a necessidade da mídia prestar um serviço mais útil em relação aos comportamentos linguísticos, buscando levar ao público o respeito à todas as variedades linguísticas. O governo, por sua vez, deve reivindicar ações mais efetivas, para o cumprimento da Declaração dos Direitos Humanos e que de uma forma todos sejam tratados como têm direito, sem discriminação. Além disso, o governo também deve implantar escolas com mais qualidade, em regiões do interior, e também impor em escolas públicas e privadas, aulas que visem a aprendizagem das variedades da língua. A conscientização da população é imprescindível, pois o Brasil é um país heterogêneo, com formação linguística e cultural muito diversa, por isso, se cada um der o primeiro passo, mudanças serão notadas no futuro.