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Enviada em: 17/09/2017

Língua errada, língua certa         O Brasil é um gigante miscigenado e consequentemente há várias formas de falar de acordo com cada região: os sotaques. Todavia, alguns concluem o seu jeito de articular correto e humilham, excluem e ridicularizam quem fala diferente, conhecido como preconceito linguístico. Da mesma maneira que os outros tipos de intolerância este também precisa ser combatido.        Em julho, um médico debochou na internet de um paciente que falou errado “não existe pleumonia” publicou em sua rede social, um ato de discriminação, não é porque ele é formado que deve concluir o jeito dele falar é correto e julgar quem fala diferente. Já dizia o linguista Marcos Bagno não existe forma certa ou errada de se falar.        A educação de qualidade ainda é privilégio no país, portanto, uma grande parcela da população vive a margem do domínio da norma culta ensinada nas escolas, que é empregada por jornalistas, instituições oficiais e órgãos do poder, mas que não leva em consideração o cotidiano dos falantes e são os mais pobres quem sofrem com este tipo de preconceito sendo alvo de chacota.         “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros. Vinha pela boca do povo na língua errada do povo. Língua certa do povo” esse versos do poeta Manuel Bandeira exemplificam o quão importante é valorizar o falar de um povo. Sendo assim, medidas devem ser tomadas, casos de preconceito devem ser punidos por lei e assim aplicar-se multa aos ofensores e esse dinheiro revertido para Ministério da Educação e investido nas escolas, além de comercias em rádio e TV feitos pelo Ministério da Cultura para mostrar e exemplificar as mais variadas formas de falar o português brasileiro.