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Enviada em: 14/09/2017

Entende-se por preconceito linguístico a discriminação das variedades da língua. No que tange a existência do caráter multilíngue no Brasil, observa-se que isso ainda é negado. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como a aceitação de culturas distintas e entendimento sobre a igualidade.      Hodiernamente, a xenofobia é a principal responsável pelo impasse supracitado. A chegada dos migrantes pode criar um pré-conceito causado por um desconforto após o choque de culturas, como a linguística. Um exemplo disso é a discriminação contra os nordestinos, que após chegarem no sudeste sofrem com zombarias relativas ao vocabulário regional que possuem, fora da gramática normativa. Por consequência, suscita uma segregação cultural, podendo, assim, ascender o pensamento enraizado de que apenas uma língua é a correta.      Ademais, convém frisar que o ''Darwinismo social'', teoria surgida no século XIX, baseava-se na ideia de que existem culturas superiores as outras, a partir desse pressuposto, a inferiorização de grupos com analfabetismo foi sendo justificada pelo fato listado. Apesar de ser um pensamento ultrapassado, ainda é encontrado vestígios em várias ações humanas, como a errônea ideia de que apenas o conhecimento intelectual é válido. Outrossim, os analfabetos, por não ao menos saberem ler, logo, pronunciam as palavras de maneira informal, como resultado, a população letrada se considera proeminente ao restante.      Dessarte, os entraves elencados necessitam ser revertidos. Logo, é necessário que o Ministério da Educação implante na grade curricular das escolas o ensinamento de distintas maneiras de comunicação, e com a ajuda dos professores orientadores no âmbito escolar, o desenraizamento de posições com intuito de diferenciação serão aos poucos retirados da sociedade. Posto isso, cabe a família conscientizar e informar os cidadães sobre a igualdade humana, através de diálogos, a fim de expressar que cada cultura possui sua importancia.