Materiais:
Enviada em: 16/09/2017

A variedade da língua e o preconceito linguístico no Brasil        O Brasil é um país multicultural cuja formação remonta ao período da colonização. Tal diversidade cultural expressasse, sobretudo, na variante linguística e que, apesar de apresentar características de origem indígena, europeia e africana; hoje, o Brasil, ainda sustenta o preconceito linguístico em contraposição à tolerância quanto ao modo de falar inerente de cada região brasileira. Sendo assim, tal preconceito é um problema social que não condiz com os moldes formadores da nação mas que persiste, contudo, na sociedade contemporânea.       O preconceito linguístico pode, de certo modo, ser explicado pelo pensamento maniqueísta na medida em que existe um embate entre o modo de falar de pessoas da região Norte e Sul do país ou, no âmbito social, de ricos contra pobres. Tal dicotomia tenta impor, no aspecto linguístico, a superioridade do dialeto de um grupo social. Isto pode ser percebido na migração regional brasileira, no qual nordestinos que se deslocam para regiões metropolitanas como São Paulo ou Rio de Janeiro, são vítimas do preconceito linguístico, sofrendo até humilhações e constrangimentos.       Assim como no aspecto religioso, existe uma intolerância quanto ao modo de falar das pessoas e sua persistência em um Brasil linguisticamente plural. Este paradoxo parece surreal no tocante a tal pluralidade; no entanto, a causa dessa intolerância pode ser explicada na confusão que se faz dos aspectos da gramática normativa com a discussão sobre qual língua falada é a mais "correta". Nesse sentido, percebe-se a aparente superioridade que a língua permeia, e isto pode ser notado, claramente, no status social, na qual indivíduos que estão no topo da camada social, apresentam uma linguagem expressivamente adversa dos da camada inferior, em que a formação educacional é um divisor nesse aspecto.       Diante do exposto e ressaltando que o preconceito linguístico é um problema social que persiste no Brasil; o Governo em parceria com as escolas deveriam criar programas e palestras sobre a diversidade linguística e cultural do país visando assim à tolerância com os distintos modos de falar existentes na sociedade. Além disso, o Governo deveria implementar leis mais rígidas que punam àqueles que pratiquem a intolerância e preconceito linguístico como nos casos de humilhação e constrangimento; aplicando, nessas pessoas, paralelamente, a conscientização quanto ao respeito à diversidade linguística.