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Enviada em: 27/09/2017

Durante a colonização brasileira, várias nacionalidades foram responsáveis pela formação étnico-cultural e linguístico do país, o que resultou em uma linguagem amplamente diversificada. Na contemporaneidade, a fala continua em um processo dinâmico de modificações. É importante ressaltar, porém, que tal fato, muitas vezes, pode dar origem a uma discriminação entre os falantes do mesmo idioma devido ao desrespeito as variações socioeconômicas, regionais e a fatores relacionados à escolaridade.     Em uma primeira análise, pode-se afirmar que uma das principais razões da existência do preconceito linguístico no Brasil se dá devido as grandes variações que a língua portuguesa apresenta. Desse modo, as características socioculturais, econômicas, regionais e de escolaridade possuem grande influência na linguagem refletindo em pronuncias, denominações, e o uso de palavras que não seguem a norma culta padrão linguística. Tal aspecto é retratado de maneira crítica no livro "Preconceito Linguístico" de Marcos Bagno o qual debate e valoriza a falta de uniformidade da língua.   Como desdobramento dessas ações surgem atitudes que ridicularizam, discriminam e hostilizem alguns indivíduos devido ao seu modo de falar que é considerado errado por outrem. Tal fato se assemelha às características da escola parnasiana na qual somente a escrita e a fala de maneira perfeita e erudita eram valorizadas. Com isso, muitos indivíduos se sentem envergonhados e desestimulados a exibir sua linguagem, corroborando, assim, para inibir a liberdade de expressão desses que é garantida pela Constituição Federal de 1988.     Por tudo isso, deve-se pensar em ações que possam minimizar essa problemática. Sendo assim, cabe ao sistema educacional, em conjunto com o governo estimularem crianças e jovens a valorizarem os diversos tipos de linguagem existentes no país. Isso pode ser feito por intermédio de palestras e debates entre professores e alunos. Além disso, ONGs relacionadas à educação podem promover campanhas nos meios de comunicação em massa orientadas por linguistas para para, assim, diminuir o preconceito linguístico por meio da formação da consciência cidadã e senso crítico da população.