Materiais:
Enviada em: 28/09/2017

Vossemecê. Vossmecê. Você. Ocê. Cê. A língua portuguesa, falada em todo território do Brasil, é influenciada pelo contexto histórico, geográfico e social, formando variações da norma culta. Com isso, as formas de expressão adquirem status de acordo com o prestigio de sua ordem na sociedade, possibilitando o surgimento de uma problemática na população, o preconceito linguístico.     Darwin, nos mostra com a biologia, que nem sempre os mais fortes sobrevivem mas aqueles que mais se adaptam. Nesse sentido, utilizar um vocabulário torna-se mais adequado para um determinado meio, mesmo que o linguajar destoe do padrão formal. Entretanto, no Brasil, há um preconceito linguístico fundamentado na desigualdade social, visto que nas classes mais baixas emprega-se um dialeto com expressivos erros gramaticais. Em conformidade, a sociedade considera uma língua superior àquela exercida pela elite privilegiada com a norma culta. Assim, não é necessário a eliminação da gramática normativa, mas a aceitação positiva de todas as variantes linguísticas.               Nesse contexto, uma análise mais profunda do território nacional nos revela que dentre as diferentes regiões são vistas específicas formas de expressão. Apesar da Língua Portuguesa ser a mesma em todo o país, marcas linguísticas determinam sua localização geográfica no Brasil. Entretanto, nem todas as variantes da língua são valorizadas com respeito. Visto que, a título de exemplo, muitos nordestinos são ridicularizados por seu sotaque, neologismos e desvios do padrão formal, já que, geralmente, não possuem altos níveis de escolaridade. Sendo assim, como bem citou Voltaire, ‘’um preconceito é uma opinião não submetida à razão’’, nesse caso ao discernimento de que os desvios coloquiais é parte da língua matriz.  Fica claro, portanto que o preconceito linguístico promove a exclusão social e então deve ser combatido. Para isso, é imperioso que os professores ensinem não somente a gramática normativa, mas também as formas lexicais abordadas no país, permitindo que os mesmos desenvolvam, nas salas de aula, novas formas de expressão da língua. Ademais, é dever da mídia não estereotipar os personagens de acordo com seu linguajar e valorizar os dialetos presentes em cada região nacional nacional. Afinal, para todas variedade da língua tema tem o mesmo papel: comunicação.