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Enviada em: 25/10/2017

A Constituição Federal do Brasil, de 1988, estabelece a proibição de qualquer tipo de preconceito social. Entretanto, isso não ocorre na prática, visto que o preconceito linguístico está cada vez mais atrelada aos comportamentos dos brasileiros. Nesse sentido, convém analisar como as atitudes das famílias em consonância com o modo de ensino escolar contribui para essa problemática na sociedade atual.       Primeiramente, o prejulgamento linguístico provém, muitas vezes, da forma como a família educa as crianças. Segundo o programa "Como Será?" da emissora Globo, as crianças de 0 a 6 anos, primordialmente, aprendem muito mais ouvindo as pessoas importantes para elas, como os pais e os irmãos. Ou seja, uma vez que os pais são preconceituoso, isso será passado para os filhos. Nesse viés, tal atitude é danosa e predatória, ja que os esteriótipos passados aos pequenos podem enraizar tal atitude discriminatória aos outros.       Outrossim, as escolas também tem impactos nas atitudes de preconceito linguístico hoje em dia. O Brasil tem uma variedade linguística imensa devido ao seu tamanho territorial e as culturas diversas existentes. No entanto, as escolas, quando ensinam a Língua Portuguesa, passam aos alunos apenas a normal culta padrão, desconsiderando, muitas vezes, outras variantes da língua. Nessa perspectiva, a conduta que os alunos terão futuramente pode ser prejudicial e preconceituosa aos que não se encaixam nesse ideal, já que não tiveram acesso às variantes da fala brasileira.       Portanto, medidas são essenciais para solucionar o impasse. É necessário que as famílias orientem seus filhos, através de diálogos sobre o prejulgamento linguístico, a fim de formar cidadães que respeitem a diversidade da fala. Ademais,para que os direitos sociais sejam válidos na prática, as escolas devem ensinar a pluralidade da língua, por meio da matéria Português e de debates em aulas,com o fim de os alunos entendam e respeitem a alteridade de outrem, como gírias e sotaques.