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Enviada em: 07/10/2017

Língua que exclui         Ao analisar o tema referente ao preconceito quanto à forma de falar, vê-se que ele ainda se faz presente na sociedade. Nesse sentido, a ideia equivocada da existência de uma língua "correta" ajuda a perpetuar ainda mais esse tipo de discriminação, o que gera consequências negativas para as vítimas de tal contexto.      Na literatura brasileira, José de Alencar destacou, por meio do regionalismo, as diferenças existentes na fala entre os estados. Nesse sentido, conforme o filósofo Marcos Bagno, não existe uma forma "correta" ou "errada" do uso da língua, haja vista que essa é mutável, além de depender da época e da região.         Hodiernamente, os meios de comunicação, que poderiam atuar de forma positiva nessa questão, contribuem na continuidade da discriminação linguística, visto que, na maioria das vezes, esses estão vinculados às classes dominantes, o que promove, até mesmo, a exclusão social das pessoas vítimas desse preconceito.       Sendo assim, é válido ressaltar que, além de ser empregado atualmente, a intolerância linguística pode trazer consequências psicológicas para o indivíduo, posto que as pessoas afetadas por tal cenário podem apresentar tendência ao isolamento social, assim como problemas de sociabilidade.          Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, Segundo Helen Keller: "O resultado mais sublime da educação é a tolerância." Dessa forma, o Ministério da Educação, junto com professores e psicólogos, poderia promover debates e palestras, nas escolas, para os alunos a fim de desconstruir a ideia de uso "correto" da língua. Por fim, o Governo Federal deveria, em conjunto com os meios de comunicação,  promover campanhas midiáticas que ressaltem para a sociedade o respeito e a tolerância às diferenças regionais existentes na fala. Talvez assim possa-se sanar ou minimizar o problema no Brasil.