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Enviada em: 08/10/2017

Denomina-se Variação Linguística  o movimento comum e natural de uma linguá que esta sujeita à mudanças no âmbito social e regional,por fatores históricos e culturais.No Brasil, país marcado essencialmente pela diversidade sociocultural,é notório a pluralidade das mutabilidades linguísticas em âmbito nacional.Dentro desse cenário,observa-se a instauração do preconceito linguístico suja origens estão na discriminação,na qual agrava,ainda mais,a exclusão social.    A dinâmica social brasileira,caracterizada pelo intercâmbio de culturas e classes distintas,é o principal fator relacionado ao surgimento do preconceito linguístico.A presença de contextos sociais diversos,bem como de costumes e praticas regionais marcantes é alvo de intensa discriminação por parte de outros grupos sociais ou intelectuais no que tange ao uso do português. A língua,no entanto,é uma ciência e,como todos os objetos de estudo,caracteriza-se como dinâmica e passível de mudanças e adaptações.Desse modo,utilizar a gramatica como meio de segregação social é,no minimo, desconsiderar os fatores extralinguísticos envolvidos e generalizar os mecanismos e variações da língua,desvinculando-os do objetivo principal do estabelecimento da comunicação.    Outrossim,o preconceito linguístico encontra sustentação em perspectivas errôneas que atrelam a dinâmica da língua à desqualificação da mesma.As variações da linguísticas englobam,alem de regionalismos,variantes da fala popular e informal,fato que recebe inúmeras criticas por ser associado à perda da formalidade e ao erro.A adoção de livros didáticos com linguagem excessivamente formal e desvinculada da realidade social do aluno tende a prejudicar o pleno entendimento dos textos e exercícios propostos,de modo a constituir um meio de exclusão.Assim,ao contrario do que muitos pensam, a valorização das diversidades linguísticas enriquecem a cultura brasileira.    Torna-se evidente,portanto,que o preconceito linguístico é,antes de tudo,uma rejeição de caráter social.Sua reversão deve-se,primeiramente,partir da atuação conjunta das editoras e do Ministério da Educação na reformulação do conteúdo dos livros didáticos,privilegiando a adoção mais frequente de textos diversificados que abordem a temática da variação linguística. Somado a isso,as instituições de ensino superior devem orientar os professores na preparação efetiva dos estudantes e futuros profissionais na questão do entendimento pleno acerca da existência de uma língua dinâmica, a fim de possibilitar a valorização prática da diversas diversidades da língua.