Materiais:
Enviada em: 12/10/2017

Metamorfose linguística    A língua é um dos principais elementos que garantem a vida em sociedade, visto que, graças a ela a comunicação se torna possível. Apesar de, ter como intuito a aproximação dos falantes muitas vezes o idioma se torna instrumento de segregação social. O preconceito linguístico, no Brasil, é muito evidente e, por isso, é preciso entender que há diversas variantes na língua, e uma não deveria ser mais prestigiada em relação às demais.   Em primeira análise, é importante destacar que embora todos os brasileiros sejam falantes da Língua Portuguesa ela apresenta diversas variações regionais, etárias, sociais e históricas. Isto é, a língua é viva é as mudanças são inevitáveis, todo falante está sujeito as variações do idioma, independente de classe social ou nível de escolaridade. Em suma, não se deve desconsiderar a gramática normativa e suas regras, já que ela serve como base para o sustento do idioma, mas sim admitir que todas as variações são inerentes à língua.       Ademais, convém frisar que a escola ao determinar a norma culta como única vertente correta faz com que as demais sejam desprestigiadas, gerando o preconceito linguístico. É evidente que, tal posicionamento diminuiu o interesse dos alunos pelo aprendizado do próprio idioma. Por conseguinte, a linguagem brasileira torna-se limitada e os indivíduos de menor escolaridade são censurados e reprimidos não encontrando representatividade nem ao menos na língua nativa.      Afim de atenuar o problema, primeiramente, as escolas devem fazer uma abordagem mais aprofundada sobre a temática, além de ensinar, nas aulas de Português todas as variantes existentes na língua. Em seguida, a mídia deve parar de estereotipar os personagens de acordo com a sua maneira de falar e pode investir em campanhas que ajudem a desconstruir o preconceito linguístico. Afinal, ser um “bom” falante do português é ser adepto as constantes metamorfoses ambulantes da língua.