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Enviada em: 23/10/2017

A colonização do Brasil trouxe a este uma igualdade linguística, tendo em vista que o país fala até hoje uma única língua, diferente, por exemplo, dos países republicanos, que graças às suas compartimentalizações, convivem com a presença de várias línguas em uma só localidade. Nesse viés, é injustificável o preconceito linguístico, mas, a diferenciação da língua falada permanece sendo algo comum no cotidiano dos brasileiros.    Nesse contexto, é visível a associação dos diferentes modos de falar a língua portuguesa com pessoas de classes mais baixas. No livro "Preconceito Linguístico" do linguista Marcos Bagno, a maneira diferente da personagem principal falar, que por sua vez, era a empregada doméstica da casa, refletia diretamente em seus níveis de escolaridade. É evidente que essa é hoje a grande mazela e o principal motivo pelo qual existe diferenciação como o modo de se expressar linguisticamente daqueles que são menos favorecidos economicamente.    Ademais, existem também os portadores de deficiência auditiva, que por meio das Libras, falam o mesmo português dos demais e, mesmo assim, ainda convivem com dificuldades para ganharem seu espaço no país, principalmente, no quesito relações pessoais. Decerto, esse sistema comunicativo surgiu como meio de integração, mas, os fatores que compõem esse sistema não caminham dessa maneira, existe ainda um grande preconceito, as pessoas não demonstram interesse em aprender e compreender.    Mediante o exposto, é infrene a presença da diferenciação linguística no cotidiano do país. Portanto, é papel do Ministério da Educação direcionar investimentos para as escolas, principalmente as localizadas em partes menos favorecidas, além de tornar o ensino de Libras obrigatório. Além disso, a Escola deve ensinar que a diferença é normal, sotaques, classes e muitos outros aspectos variam o modo de falar de pessoa para pessoa. Por fim, o Governo Federal deve incluir em suas propagandas televisivas, uma direcionada ao combate ao preconceito linguístico. O português é de todos.