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Enviada em: 26/10/2017

Na obra “Preconceito Linguístico: o que é, como se faz” (1999), o linguista e filósofo Marcos Bagno aborda sobre os diversos aspectos da língua, segundo ele, não existe forma certa ou errada dos usos da língua. Entretanto, uma grande parcela da população não segue essa linha de raciocínio, considerando os vários casos de intolerância decorrente da forma de falar de determinada pessoa. Neste sentido, é preciso que a nação entenda que a língua portuguesa há variedades q uma não deve ser considerada superior à outra.    É preciso abordar, primeiramente, a importância da extensão territorial do Brasil. Em um lugar que possui tamanho que pode corresponder à um continente, as várias regiões do país apresentam determinadas características de fala, léxico e sotaque diferente das demais. Assim, é comum uma determinada gíria ser usada em um local e ser desconhecida em outra. Porém, os casos de discriminação da língua são presentes até mesmo no próprio estado, no qual o cidadão da capital se sente no direito de julgar o morador do interior. Dessa forma, o preconceito linguístico vai se banalizando na medida em que nada é feito pelo governo.    Somado a isso, a mídia tem um papel fundamental para a disseminação desse preconceito. Programas midiáticos, como novelas, rádios, e filmes nacionais possuem um poder de persuasão da grande massa, e assim ao retratarem de forma preconceituosa, por exemplo, personagens nordestinos com um sotaque considerado inferior, ou sem escolaridade e sendo debochado por outros, promove que essa discriminação seja introduzida na sociedade. Desse modo, como a maioria dos telespectadores não possuem uma concepção mais ampla da língua, de sua capacidade diversificadora e heterogênea, disseminam práticas intolerantes influenciada por esse meios.    Fica evidente, portanto, que essa discriminação deve ser combatida. Uma ação entre o Governo e a Mídia deve ser feita, promovendo um maior respeito à diversidade de fala do brasileiro, através de propagandas, e caso a pessoa seja vítima, pode a buscar a lei para se defender. para que esses casos diminuam e as variedades de fala sejam respeitadas em qualquer ambiente. Juntamente a isso, a escola é muito importante para que isso se transforme à longo prazo: é necessário que os professores ensinem a gramática culta e que respeitem as variedades individuais do alunos, para que este futuramente se adapte de acordo com o contexto em que está inserido, como por exemplo, use a fala coloquial com os amigos, mas que saiba usar a norma culta em entrevistas de emprego. Assim, uma sociedade mais tolerante e respeitosa será formada.