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Enviada em: 31/10/2017

No ano de 2016, um médico de SP hostilizou sua paciente na internet devido a forma coloquial que ela escrevia. Esse acontecimento mostrou o quão o preconceito linguístico é disseminado no Brasil. Com isso, dentre os fatores que contribuem para o aumento do preconceito linguístico, pode-se destacar a falta de ensino nas escolas sobre a variabilidade linguística e o sentimento de superioridade da população letrada sobre os não letrados.   Em função disso, o sentimento de superioridade á uma pessoa que não domina a norma culta contribui para a permeabilização do preconceito linguístico no país. Visto que, poucas oportunidades de trabalho e inserção social são dados a aqueles que não dominam a norma padrão no Brasil em detrimento dessa superioridade desnecessária. Logo, pessoas que possuem um potencial enorme para determinado trabalho são cortadas por não serem letradas, além de serem excluídos socialmente por grupos compostos por pessoas alfabetizadas. Um exemplo disso foi visto no livro Vidas Secas, em que o personagem Fabiano tenta socializar com o Soldado Amarelo e outros homens no bar, sendo ridicularizado por eles por falar de forma coloquial no bar.   Além disso, a ausência de ensino nas escolas sobre a diversidade linguística contribui para o crescimento do preconceito linguístico também. Já que, grande parte das escolas brasileiras lecionam variabilidade linguística apenas no ensino médio, com objetivo de que seus alunos passem na prova do ENEM. Assim, esses alunos atingiram uma idade avançada e não aprenderam que o conhecimento sobre a diversidade linguística, é uma forma de acabar com o preconceito linguístico. Tal fato pode ser visto nas grades escolares de países nórdicos europeus, em que se é ensinado as diferentes variabilidades linguísticas de um povo, por conseguinte esses países apresentam os menores índices de preconceito linguísticos no mundo, de acordo com o jornal El País.   Diante disso, para que o preconceito linguístico acabe no Brasil, é necessário que o Governo Federal, juntamente com o MEC inicie um projeto escolar sobre variabilidades linguísticas, que consiste no ensinamento das várias formas de linguagem faladas no Brasil e o respeito a quem pronuncia algo de forma diferente, desde o início do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Outrora, é preciso que o Governo Federal promova campanhas nos veículos midiáticos, nas quais são mostardas os males que o preconceito linguístico pode causar na vida de alguém, seja profissionalmente ou socialmente. Diante dessas medidas, o país será livre de preconceitos linguísticos.