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Enviada em: 31/10/2017

A cultura de uma população é feita não só pela sua história escrita, mas também pela sua tradição oral. Desse modo, observa-se a importância da língua de uma nação como fator demonstrativo da sua história, assim, o preconceito linguístico fomenta não só a exclusão da tradição da nação, mas de suas próprias origens. A partir dessa óptica, pode-se destacar duas questões: xenofobia na sociedade e a preservação cultural e histórica.     Primeiramente, cabe analisar que a xenofobia como uma prática pejorativa não apenas à uma população diferente, mas uma cultura e idioma distinto. Nesse sentido, a xenofobia esteve muito presente na sociedade brasileira, desde os imigrantes advindos do nordeste nas grandes correntes migratórias, que muito foram marginalizados nas grandes metrópoles do sudeste. Contudo, na atualidade, as populações das periferias, que com sua cultura e diversidade linguística destoando dos padrões impostos pela sociedade, tem sofrido com depreciação de sua cultura, muitas vezes tratada como inferior.      Ademais, convém analisar a preservação da cultura nacional como mecanismo para resguardar a história da nação. Todavia, o território nacional é extenso e formado por inúmeras culturas que foram formadas por influência de muitos povos, como os índios, portugueses, franceses, trazendo dialetos que se acomodaram à língua falada no Brasil. Por conseguinte, no âmbito histórico, a preservação desses costumes e tradições regionais é vital para que as gerações futuras possam conhecer os fatos que originaram as suas particularidades linguísticas e sociais. Dessa maneira, tradições de uma região não só fazem parte desta, mas de toda a unidade da nação.        Para atenuar esse cenário, portanto, faz-se necessária a promoção, pelo Ministério da Cultura, de peças publicitárias abordando o preconceito em uma temática demonstrativa da importância das diferenças na sociedade como dispositivo para enriquecer a cultura desta. Além disso, pode-se destacar a ação do Ministério da Educação junto às Secretarias de Educação Estaduais, promovendo nas escolas de ensino médio e fundamental, para jovens e adolescentes, palestras e aulas, ministradas por historiadores e professores de Língua Portuguesa, visando a recuperação e valorização de suas variações linguísticas com parte da sua tradição e história. Logo, a pátria brasileira, por caminhos exitosos, poderá proporcionar caminhos para mitigar os preconceitos linguísticos na sociedade.