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Enviada em: 03/11/2017

Na Segunda Geração do Romantismo, os autores se voltaram a escrever a prosa regionalista, evidenciando as características singulares de cada região do Brasil, no que tange aos comportamentos e também a forma de falar. Entretanto, a heterogenia no falar da nação não é amplamente aceito e o preconceito linguístico se torna uma grave problemática do pais. Nesse sentido, dois fatores não podem ser negligenciados: a xenofobia e a educação.      Em primeira análise, cabe pontuar que existem diversas variantes regionais para um mesmo objeto, situação ou alimento, como é o caso da macaxeira no nordeste, mandioca e aipim do sul e sudeste. Outrossim, essas variáveis fazem parte da singularidade que um país com proporções continentais possui. No entanto, atos repulsivos, caracterizados pela xenofobia, fomentam discussões sobre formas certas de falar, piadas ofensivas, discriminações e exclusão social, principalmente das pessoas advindas do nordeste para o sudeste. Sob essa óptica, a xenofobia está atrelada ao preconceito linguístico e, consequentemente, a violência e discursos de ódio ao diferente.     Por conseguintes, é importante frisar que, como ratifica Gilberto Freyre, se a educação não é utilizada para um fim social, está a a maior das futilidades. Nesse contexto, as escolas são grandes influenciadores do comportamento humano, sendo veículo de suma importância para atuar contra o preconceito linguístico. Todavia, pouco é retratado, em todo processo pedagógico, sobre as varições regionais, etárias e culturais, assim como a discriminação à heterogenia linguística do Brasil. Dessa maneira, vê-se que pela educação voltada às problemáticas sociais é imprescindível para reverter as sequelas do Darwinismo Social, no qual afirma superioridade culturais e raciais, inclusive sendo aplicado também ao modo de falar na sociedade brasileira.        Urge, portanto, que a máquina pública, por meio do Ministério da Cultura, possa promover peças publicitárias,como propagandas nas grandes mídias, sobre os âmbitos que a xenofobia abrangem no Brasil, sobretudo, na linguística, visando minimizar o julgamento do certo e errado, em cerne, promover o respeito por meio de diálogo e aceitação social. Além disso, faz-se premente que o Ministério da Educação, em conjunto com Secretarias de Educação Municiais e ONGs, possa promover palestras nas escolas, ratificando a necessidade de desmistificar o certo e errado, mas fomentar a prática do adequado à certas circunstâncias, podendo, assim, distanciar do senso comum o pensamento de superioridade entre variações linguísticas e culturais. Logo, a pátria brasileira, por caminhos exitosos, poderá enaltecer que as diferenças são parte intrínseca da sociedade brasileira.