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Enviada em: 07/04/2018

Em 1500, com a chegada das embarcações dos portugueses, os jesuítas que vieram juntos nessa expedição estavam dispostos a aprender as diversas línguas indígenas para poder catequizar os nativos, sendo assim passo a passo criou-se as identidades linguísticas com a junção de culturas entre Portugal e Brasil, e logo mais a África e outros diversos países. Nesse sentido, o preconceito existente por conta da variação linguística faz com que a diversidade do país seja desvalorizada, afetando diversos aspectos dentro dessa temática, como a literatura e oralidades regionais e sociais.       Em primeiro plano, a normal culta foi criada para estabelecer um modo padrão e formal para determinadas situações, entretanto, ela foi associada a um suposto "prestígio social" e toda outra parte preciosa do português foi decretada como "errada". Porém, na oralidade não existe certo ou errado, a língua falada esta em constante mudança e se adéqua em seus determinados grupos, seja por idade ou classe social. Dessa maneira, as gírias e os sotaques são maneiras de expressões mais comuns e intensas, e não devem ser tratadas de modo distinto por ser de cunho popular, pois sem essa diversidade, o que seria dos poemas, prosas, livros e dos autores que exploram esse universo? Seriam chatos, porque além de acabar com a proximidade com o leitor, tornaria uma leitura padrão e repetitiva, ou seja , a intolerância linguística não ameaça apenas em padronizar uma língua diversa, mas como desvalorizaria um arsenal imenso da literatura brasileira, como a literatura de cordel.         Ademais, o preconceito linguístico também existe por conta de quem usa essas variáveis, as classes mais baixas por exemplo, tendem a ter uma maior marca de oralidade e por isso ela sofre uma certa discriminação. Além disso, os sotaques regionais também sofrem uma hierarquização por conta das suas descendências, ao Sul por exemplo, onde boa parte descende de europeus, a fala parece ser mais aceita do que a do Nordeste, onde uma maior parte descende de africanos que foram escravizados para produzir cana de açúcar. Dessa forma, percebe-se uma junção de preconceitos e que pessoas que pratiquem um tipo, talvez também façam diversos outros.       Entende-se, portanto, que o Ministério da educação deve priorizar no ensino fundamental e médio, a importância da língua e suas variações para os alunos tanto de escolas públicas quanto particulares, para que não disseminem preconceitos contra as raízes culturais e aprendam apreciar as diversas faces da fala. E também, cabe Poder Legislativo criar uma lei, a qual se pode julgar tipos de preconceitos considerados "amenos" como citados no terceiro parágrafo, como dano moral e dano ao patrimônio com direito a multa, para que todos que praticam tais atos possam ser devidamente punidos servirem como exemplo para outros intolerantes.