Materiais:
Enviada em: 30/04/2018

Implementado em 2009, o novo acordo ortográfico da língua portuguesa pretende unificar o código escrito em diversos países. Entretanto, apesar da unicidade escrita, a língua portuguesa tem inúmeras variações regionais, que, infelizmente, são objeto de preconceito. Nesse sentido, faz-se necessário compreender os fatores socioculturais dessa problemática, que deve ser combatida.       Em primeiro plano, deve-se observar que o preconceito linguístico tem origem em quadros sociais históricos. Isso pode ser observado a partir da dominação portuguesa sobre os nativos indígenas brasileiros, que, considerados inferiores, foram obrigados a incorporar aspectos culturais portugueses aos seus costumes, como a linguagem. Na atualidade, as escolas não atuam para encerrar esses padrões. Assim, consoante o pensamento de Durkeheim, a escola condiciona os indivíduos a repetirem comportamentos estabelecidos, dificultando a superação desse problema.       Outrossim, é importante observar que fatores econômicos influenciam no comportamento social. Prova disso é a dominação característica do mundo globalizado, em que países ricos, além de influência econômica, têm influência cultural sobre os países em desenvolvimento. Nesse sentido, no âmbito nacional, observa-se situação semelhante com a valorização da linguagem característica das regiões de maior poder econômico, enquanto as variantes linguísticas de regiões mais pobres -como o norte e nordeste- e de etnias indígenas sofrem discriminação.       Logo, medidas são necessárias para resolver esse problema. Assim, cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, produzir e distribuir material didático que instrua sobre a importância da valorização das características regionais da língua, a fim de mitigar o preconceito. Por seu turno, as escolas devem trabalhar, por meio de palestras, eventos e peças teatrais, a importância de valorizar as singularidades das variações idiomáticas, a fim de evidenciar sua importância histórica e dirimir o preconceito entre os jovens em formação.