Materiais:
Enviada em: 01/11/2018

Doação de sangue: uma questão humanitária  A baixa doação sanguínea é um obstáculo à saúde no Brasil.Certamente,esse cenário de apatia frente à importância do ato de doar sangue,necessita ser revertido.Como pressupostos argumentativos,percebe-se que a escassez de políticas concretas acerca da publicidade e motivação quanto à doação de sangue,bem como a burocratização no processo de coleta de sangue por homossexuais e  falta de conscientização da população em relação ao procedimento e sua importância.Dessa maneira,a falta de doadores é fruto da desinformação e da falta de incentivo governamental.  Do ponto de vista político,percebe-se a falta de campanhas sobre a necessidade e a importância da doação sanguínea.Segundo o escritor contemporâneo Claudio Martins,as pessoas tem medo daquilo que não compreendem.Por esse motivo a falta de divulgação sobre o processo influencia diretamente na baixa taxa de doação.Nesse cenário,ampliar a exposição de dados informativos sobre as campanhas de sangue possibilitaria reverter o desequilíbrio entre oferta e demanda.  Ademais,sob o viés sociocultural,observa-se o preconceito diante da doação de sangue feita por homossexuais.Os cidadãos que possuem relações homoafetivas constituem o chamado "grupo de risco",pois,nos anos 80,houve o o auge da epidemia do vírus HIV.Nesse sentido,o Brasil exclui a doação de homossexuais que tem realizado sexo até o prazo de 12 meses.Entretanto,a orientação sexual não pode ser critério de seleção, mas sim de condição de saúde,uma vez que a AIDS também é transmitida por heterossexuais.Logo,tal grupo fica à margem de exercer a solidariedade e salvar vidas.   Em suma,o dilema da doação de sangue esbarra em preceitos e tabus.Não restam dúvidas de que o ato de doar sangue é uma expressão da cidadania.Como encaminhamentos propositivos,exige-se que sejam criados amplos projetos de divulgação das campanhas de sangue via mídia para incentivar os cidadãos a exercerem a solidariedade,assim como a alteração de leis que excluem os homossexuais da doação e investir em aparatos tecnológicos que controlem com maior rigor os grupos sanguíneos,para avaliar se o indivíduo é portador de alguma doença e averiguar a qualidade do sangue.Afinal,o número de voluntários aumentaria e ajudaria os pacientes que carecem de transfusão sanguínea.