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Enviada em: 17/07/2018

A homofobia não é uma invenção atual, desde a Idade Média, com a Inquisição do Papa Gregório, os homossexuais vêm sofrendo diversas atrocidades devido à ideia da sodomia ser a pior das heresias. Séculos depois, durante a década de 80, surgem relatos de sintomas da AIDS em homossexuais nos Estados Unidos, aumentando o preconceito. Porém, mesmo com um passado cruel, gays e travestis gradativamente conquistaram direitos descritos na Constituição e um maior espaço na sociedade.    Segundo a Constituição Federal de 1988, todos tem direito a igualdade, sem distinção de qualquer natureza, e ninguém terá de se submeter a um tratamento desumano ou degradante. No entanto, inúmeros uranistas passam por situações ultrajantes ao serem proibidos de doar sangue, devido à uma ideia equivocada de que todos os homens que têm ou já tiveram relações sexuais com outros homens, são portadores do HIV. Ainda convém lembrar que a transmissão da AIDS não se da apenas por relações homo afetivas, como também por qualquer outro tipo de relação sexual sem proteção ou contato com sangue contaminado pelo vírus.   É evidente que proibir totalmente todos os homossexuais sem prova de que eles sejam portadores do vírus, geraria grandes consequências negativas para os hospitais. Nesse contexto, o professor Ricardo Ferreira, colunista na Rádio USP, mostra que uma das consequências da homofobia em postos de doação, é a perda de 18 milhões de litros de sangue no Brasil ao ano. Outrossim, ele revela que organizações da comunidade LGBT já estão denunciado e lutando contra essa restrição desrespeitosa.    Em suma, a discriminação para com homossexuais que desejam doar sangue, é algo extremamente injusto e improcedente, por ser formada pela influência de uma sociedade preconceituosa. Como proposta de intervenção, o Ministério da Saúde deve promover, através da mídia, o teste anti-HIV para todas as pessoas que desejam doar, com o intuito de não excluir nem discriminar gays e travestis por sua orientação sexual.