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Enviada em: 16/07/2018

A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como objetivo fundamental construir uma sociedade livre, justa e igualitária. Entretanto, os frequentes casos de preconceito enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue impede que parcela dos brasileiros experimente, na prática, a justiça, a liberdade e a igualdade. Essa postura preconceituosa fragiliza a dignidade humana dos afetados e possui origens históricas. Nesse sentido convém analisar as principais causas e consequências intrinsecamente ligada à realidade do país.     O filósofo italiano Norberto Bobbio afirma que a dignidade humana é uma qualidade intrínseca ao homem, capaz de lhe dar direito ao respeito e à consideração por parte do Estado. No entanto, observa-se que preocupações associadas à inserção social desse grupo em busca de melhores condições de saúde não apenas existem como vem crescendo a cada dia. Por conta disso, é preciso buscar as causas dessa questão, entre as quais, emerge como a mais recorrente o preconceito e o desrespeito que até então não é novidade para o país. Ademais, em contextos autoritários como na União Soviética e na ampliação da globalização o preconceito ao grupo de homossexuais já estava sendo debatido e questionado durante o período da Roma Antiga.        Além disso, outro ponto que merece destaque está relacionado às consequências geradas por esse contexto. Como efeito negativo dessa problemática está com a doação de sangue - tema que foi bastante discutido pelas autoridades no ano de 2017. Nessa lógica, de acordo com a fonte Huffpost Brasil tal situação ocorre devido a restrição de doação de sangue por parte desses membros, devido a maior prevalência de infecção por HIV neste grupo quando comparadas à população em geral, exemplos disso podem ser encontrados nas informações divulgadas pela mídia em geral como por exemplo, na pesquisa realizada pelo julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF).        Logo, é necessário, que se reverta a mentalidade retrógrada e preconceituosa no Brasil. Para tal, o Estado deve veicular campanhas de conscientização, na TV e na internet que informem a população sobre a importância de respeitar o próximo e a necessidade de aceitar como essas pessoas são. Essas campanhas também podem, para facilitar a detecção e o combate ao problema, divulgar casos de descriminalização. Concomitantemente, é fundamental o papel da escola de pregar a tolerância, já que, segundo Immanuel Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”. Portanto, a escola deve promover palestras sobre os desafios sofrido pelos os homossexuais, ministradas por especialistas nas áreas ou por membros que fazem parte desse grupo menosprezado pela sociedade brasileira, a fim de quebrar certos tabus, preconceitos e tornar os jovens mais tolerantes.