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Enviada em: 17/07/2018

Hodiernamente cerca de 1,5 da população brasileira é doadora de sangue, isso porque exclui parte de pessoas aptas pelo simples fato de terem uma opção sexual diferente. O que além de prejudicar o banco de sangue, ajuda no enraizamento ideológico arcaico de que todo homossexual é portador de doenças sexualmente transmissíveis.   Não raro, o Ministério da Saúde promove campanhas de incentivo a doação de células sanguíneas, ato que evidencia a carência de concessores. Contudo, a Legislação Brasileira priva de forma discriminatória o público gay, argumentando que os mesmos estão mais propícios a terem/contrair o vírus HIV e hepatites e transmiti-los.    A posteriori antes que haja a coleta sanguínea é feita uma triagem com os supostos contribuintes, existindo além disso pré requisitos, como não ter feito tatuagens em menos de 1 ano e ter no mínimo 50 kg, o que garante a integridade tanto do doário como do receptor. Vale ressaltar também, que são feitos testes de DST´s antes da transfusão, dificultando a contaminação mesmo se quem não souber. Isso mostra que o argumento da legislação é falho e preconceituoso uma vez que o vírus não é exclusivo dos indivíduos que tem relações com o mesmo sexo e que há forte penhor no processo de contribuição hematopoiético.    De tal forma, é necessário que haja mudanças de concepções para que se desconstrua toda essa aversão e que os próprios órgãos governamentais trabalhem as políticas públicas a fim de melhorar os problemas vigentes sem exclusão de grupos, é se suma importante também, que haja implementação por parte das prefeituras nas unidades de saúde com profissionais qualificados de modo que o corpo social tenha conhecimento sobre doação e que tenham acesso aos testes rápidos das doenças infectocontagiosas para que como dizia Cazuza o futuro não repetir o passado.