Materiais:
Enviada em: 18/07/2018

A precisão como forma de combate ao preconceito   Atualmente, torna-se pertinente discorrer acerca dos preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue. Sabe-se que a causa dos julgamentos sofridos pelos gays possui fundamento em pesquisas como a da Sociedade Internacional para Transfusão de Sangue, em  que homens que se relacionam entre si podem ter até 13 vezes mais chances de apresentarem o vírus HIV. Duas consequências tornam-se, portanto, claras: aumento do preconceito e a maior restrição de doadores.    Inicialmente, cabe salientar que, apesar de ser vista em alguns casos de forma ofensiva, a intenção restritiva da triagem é minimizar as chances de contaminação do paciente via transfusão e utiliza, como forma auxílio, mecanismos probabilísticos. Observa-se, entretanto, certa ignorância quando grupos passam a relacionar as razões da triagem à características ruins e comuns entre todos os homossexuais, absorvendo de forma passiva informações pouco estruturadas e servindo de massa de manobra. Nesse caso, percebe-se que a triagem não é a responsável pelo preconceito, mas, de certa forma, atua como gatilho, iniciando o processo.    Registra-se ainda que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, menos de 2% da população brasileira é doadora. Portanto, pode-se entender que o modelo de triagem empregado, em que se exclui doadores apenas pela probabilidade, mostra-se ineficaz e colabora para a menor arrecadação de sangue. Faz-se necessária, assim, uma solução que seja precisa e acabe com o caráter plausível utilizado atualmente.    Para isso, é preciso que o Ministério da Saúde torne obrigatória a apresentação de um documento, válido por  6 meses, que comprove as boas condições do doador, como forma de acabar com as restrições baseadas em probabilidades que geram o preconceito, emitido por qualquer clínica legalizada e pago pelo próprio cidadão, que poderá, com auxílio do Ministério da Fazenda, abater o valor no Imposto de Renda. Assim, acaba-se  com os custos de testes de sangue e também o racismo.