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Enviada em: 02/08/2018

Sangue LGBTQ            "Mais de 18 milhões de litros de sangue são desperdiçados por ano da classe LGBTQ em São Paulo." Tal notícia veiculada pelo site SUPERINTERESSANTE, retrata de uma problemática atual. Esse dilema transcende décadas, desde quando o homossexualismo era classificado como uma doença pela OMS, naturalizado nas sociedades tradicionalistas. Assim, milhares de cidadãos paulistas  são proibidos de doar sangue, haja vista sua orientação sexual. Ora, mudam-se as épocas mas preconceitos passados perpetuam nas diretrizes sociais.              Nessa perspectiva, o direito à democracia é subvertido em segregação social. Na Constituição Federal de 1988, auto-intitulada "Cidadã", pregoa em seu Art. 5° "Que todos todos são iguais perante a lei." Falácia legalizada, dado que, a inclusão de doadores de sangue, gays, é proibida, tendo os mesmos que se adequar a vários critérios ao simples ato de doar, com a demora de até anos. Prova disso, foi um fato ocorrido com o doador João Teixeira, da qual foi proibido de ajudar seu tio por conta de manter relações sexuais com outro homem e ainda com a afirmativa de "promiscuidade" (Revista Super). De fato, a desmoralização da classe LGBTQ é continuamente perpetuada pela culpabilização da sociedade.               Adjacente a isso, a falta de exames nos hemocentros que verifiquem a veracidade de doenças transmissíveis arvoram a intolerância. De acordo com pesquisadores da Sociedade Internacional para Transfusão de Sangue, mais de 340 pacientes que passaram pela triagem de exames contra doenças entre 2009 a 2011 foram barrados na doação de sangue por terem sido detectados como portadores do vírus HIV, mesmo com a deliberação médica contra possíveis doenças... essa naturalização, vem da falsa ideia de que apenas homossexuais são hospedeiros de DST'S e além disso a mácula da imagem que o corpo social discriminam como "libertinos seculares". Na verdade, o fomento a intolerância, vela o menosprezo pelas diferenciações sexuais - um tabu contemporâneo.            É indubitável, portanto, o descaminho dessa onda de preconceitos. A priori, o Ministério da Saúde junto ao Ministério da Justiça devem formular uma lei de obrigatoriedade de exames a todos os tipos de doadores em hemocentros de todo o país, sem distinção da orientação sexual, com a finalidade de inclusão de todos os cidadãos e incentivo da solidariedade à sociedade. Ademais, a mídia (Rádio, Tv, Redes Sociais), tem como papel conscientizar a população brasileira quanto o respeito a classe LGBTQ, por meio de conteúdos informativos e empoderados com auxílio de psicólogos, psiquiatras e líderes do movimento, com o fito de propagar o ecumenismo , com o fito de fomentar o ecumenismo.