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Enviada em: 18/07/2018

Raízes segregadoras   A região Sul dos Estados Unidos da América, até 1975, era conhecida pela alta hostilidade e desrespeito às minorias homossexuais. Embora tais costumes descriminantes sejam proibidos hodiernamente na legislação americana, ao analisar os preconceitos enfrentados por homossexuais na doação de sangue, verifica-se que as raízes da intolerância homoafetiva se perpetua até os dias atuais, seja pelo estereotipo liberdino ou pela segregação de direitos enfrentada por essa parcela da sociedade.   Previamente, é importante ressaltar que a orientação sexual não é indício para quaisquer possíveis doenças transmissíveis na transfusão sanguínea, maior medo dos médicos na hora de aceitar doações homossexuais. O não uso de preservativos e a ausência de tratamentos preventivos é o mister risco de contaminação habitual entre os jovens, seja homoafetivos ou heterossexuais; Prova disto são os altos índices de casais com filhos não planejados pela falta de proteção sexual.   Ademais a isto, a carência de acompanhamento ao público gay contribui para a resistência desse preconceito. De acordo com a portaria 1.353 do Ministério da Saúde, a sexualidade não deve ser usava para barrar possíveis doações de sangue, porém casos de impedimentos são vividos todos os dias e saem impunes ou sem resposta quando denunciados.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o ímpasse. Estabelecer canais de denuncia, através ministério público de direitos humanos e o governo federal, contra preconceitos durante a doação de sangue, com telefones para a ligação nos postos de coleta, é imperioso para reverter este quadro, mas não o suficiente. É preciso que o governo federal, através de iniciativas publico-privadas com emissoras, crie propagandas que alertem a população sobre a ausência de diferença no risco de transmissão de doenças, seja por homossexuais ou heterossexuais. Só assim, através de informação e medidas eficazes, veremos o Brasil romper com as raízes do preconceito de uma América intolerante.