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Enviada em: 20/07/2018

Sempre houve e sempre haverá diferenças entre pessoas. Foi assim na Grécia clássica e sua democracia escravista; foi assim na Roma antiga, dividida entre patrícios, plebeus e escravos; foi assim na idade média feudal; é assim na atualidade. Em razão disso, o sociólogo Betinho afirma que para haver desenvolvimento humano e bom convívio social é necessário que a sociedade assegure a igualdade de seus cidadãos. Entretanto, o Brasil de hoje foge a esse princípio, já que homossexuais, ao contrário dos héteros, são impedidos de fazerem doações de sangue em razão de sua orientação sexual. Tal fato ocorre, não só devido ao preconceito, mas também à negligencia estatal.         Conforme o periódico “Vox Sanguinis”, homens que fazem sexo com outros homens possuem 13 vezes mais chances de contraírem o vírus HIV. Isso explica as razões para a continuidade do preconceito contra homossexuais hodiernamente e, consequentemente, para a rejeição da doação de sangue desse público. Entretanto, a sociedade e a Anvisa não levam em conta a quantidade de homossexuais que possuem relacionamento afetivo compromissado e que, portanto, não há a possibilidade de contraírem doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). Logo, enquanto não enxergarem esse outro lado, o preconceito contra eles será ainda maior futuramente.       Vale ressaltar, também, que uma má administração estatal potencializa a problemática. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada com o foco de se alcançar a justiça. Todavia, nota-se, hoje, que o Governo brasileiro erra nesse sentido, haja vista que desde 2010 há no Sistema Único de Saúde testes de ultima geração que possibilitam a detecção rápida de pessoas portadoras de DST’s, mas o Estado não os utilizam, segundo notícias deste ano do site Gazeta do Povo. Assim, fica claro que é mais fácil para o país recusar doações dos homossexuais do que investir muito dinheiro na realização de exames mais seguros.      É evidente, portanto, que há entraves para a aceitação da doação de sangue dos homossexuais na contemporaneidade. Dessa maneira, é preciso que as Prefeituras Municipais promovam a educação da sociedade, por meio de palestras ministradas por homossexuais comprovadamente sadios, dentro das escolas e com acompanhamento dos pais, com o foco de fazer esse público pensar que exite homossexuais capacitados para doar e que não oferecem nenhum risco. Através dessa educação o Estado conseguirá apoio social para liberar as doações. Ademais, Cabe ao Ministério da Saúde financiar custos de realização de exames de diagnóstico rápido e mais seguros em todos os hospitais brasileiros, porque assim todos poderão doar um sangue não duvidoso, inclusive homossexuais. Assim sendo, construir-se-á um Brasil distante da realidade vivida pelos Gregos e Romanos.