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Enviada em: 19/07/2018

A orientação sexual não define a qualidade do sangue  No que diz respeito aos preconceitos que os homossexuais enfrentam na doação de sangue é possível dizer que houve aumento no debate sobre o assunto. Porém, somente as discussões não bastam, pois o regulamento técnico restringe homossexuais, com vida sexual ativa, de doarem sangue e vale ressaltar o constrangimento causado a eles no ato de doação.  Em primeiro plano, cabe analisar o  regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos que restringe homossexuais que tiveram relações sexuais em menos de um ano a doarem sangue. Dessa maneira, um ponto relevante para para a temática são os argumentos a favor do regulamento, pois eles afirmam que  há mais probabilidade de homossexuais terem doenças como HIV do que héteros. Com isso, fica claro, o preconceito enraizado na sociedade brasileira, visto que essa afirmação não tem nenhum embasamento científico.   Outrossim, é importante ressaltar o constrangimento sofrido por eles  no ato de doação de sangue, afinal tal exclusão vai contra a Constituição Federal - "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza" - e ser tratado de maneira diferente aos demais causa desconforto, assim, inúmeros homossexuais nunca mais voltam a doar. Isto é, o banco de sangue fica cada vez mais vazio, dado que segundo o IBGE cerca de 10,5 milhões de homens são homo ou bissexuais.  Fica claro, portanto, que cabe ao Ministério da Saúde mudar o regulamento técnico, por meio da exclusão da restrição feita aos homossexuais, a fim de tratar com equidade todos aqueles que desejam doar. Além disso, é essencial que o Ministério da Saúde em parceria com ONG's preparem os profissionais dos hemocentros, através de palestras obrigatórias com dados científicos sobre o assunto e sobre homofobia, com o objetivo de evitar constrangimentos. Cabe também ao Ministério da Saúde realizar exames de todos os pacientes, mediante as novas tecnologias, com isso, tratando todos como manda a Constituição.