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Enviada em: 20/07/2018

No livro "Dom Quixote de La Mancha",de Miguel Cervantes,o protagonista passa por várias batalhas malogradas.Atualmente,essa história assemelha-se ao preconceito diário enfrentado pelos homossexuais na doação de sangue  no Brasil.De modo que ao estabelecer uma restrição motivada apenas pela a orientação sexual,além de ferir os direitos constitucionais básicos ,perde-se também um número expressivo  de  doadores que podem contribuir para melhorar esse sistema de saúde tão precário,como é o brasileiro.     Cabe ressaltar,a princípio,que de acordo com Doutor Drauzio Varella,em seu site,o que existe são comportamentos de risco e não grupos.Nesse sentido,é evidente que ao avaliar um doador o hemocentro deve buscar  sobre fatores realmente relevantes,como  o número de parceiros sexuais,o uso de drogas ou se o candidato fez tatuagens recentemente.De modo a continuar a  proteger os receptores sanguíneos,mas aumentando o estoque de sangue.     Ademais,é importante expor que as leis que proíbem a doação de sangue por homoafetivos têm claramente um histórico  preconceituoso,que já devia ter sido retificado pelo Ministério da Saúde.Tal percepção é aplicada em outros países como a Rússia,na qual observa-se um aumento considerável no número de bolsas de sangues disponíveis e ,consequentemente,na rapidez dos processos de transfusão,fatos que garantem um atendimento mais eficiente do sistema de saúde.   Entende-se,portanto,que essa problemática deve ser vista de maneira mais crítica e ,consequentemente,abordada pelos seus responsáveis de forma mais realista e despreconcebida,para que a doação de sangue por homossexuais ao receber respeito e apoio deixe de ser como uma da causas de Dom Quixote,com boas intenções,mas pedida.Sendo ,então, necessário que o Ministério da Saúde retifique as portarias legislativas que citam a homossexualidade como fator de risco,para que ,assim, esse grupo tenham oportunidade de participar da doação sanguínea sem impedimentos legais .Outrossim,é essencial que o Ministério da Educação em conjunto com organizações homoafetivas,como a ABLGT(Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos),promovam campanhas de conscientização social sobre quais são os verdadeiros grupos de risco e a falta de vínculo entre a orientação sexual e as doenças sexualmente transmissíveis,a fim de garantir que a ignorância social não proíba atos que resultam em um benefício coletivo.