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Enviada em: 20/07/2018

Em 1980 ocorreu uma enorme epidemia de AIDS causada pelo vírus HIV que como consequência gerou medo em toda sociedade, tal fato, aumentou a preocupação no quesito de doar sangue, uma vez que foram estabelecidas regras na qual, homossexuais faziam parte do grupo de risco, e por isso estariam impedidos de doar sangue. Hoje, embora já seja possível detectar a AIDS através de exames, os homossexuais continuam sendo impossibilitados de doar sangue, revelando-se uma atitude preconceituosa.       É de conhecimento geral que a doação de sangue é uma atitude que salva vidas, sendo o Brasil um país que pouco incentiva à doação de sangue, tanto é que apenas 1,6 % da população brasileira doa sangue, segundo o Ministério da Saúde. Além de pouco incentivo, as regras estabelecidas para o ato, revelam o preconceito institucionalizado, no caso a homofobia é normalizada em centros hemofílicos restringindo um processo que salvaria uma vida por um preconceito.        Alguns argumentam que a restrição é baseada na chance que um homossexual tem de ser portador de doenças como HIV, Hepatite e outras doenças sexualmente transmissíveis, e por se ter a falsa ideia de que gays são pessoas promiscuas. No entanto, além de ser possível fazer um teste, convêm destacar que segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde em 2011, héteros representam 68% dos casos de HIV, contrariando o argumento principal.       Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. Como as populações das camadas dominantes de cultura, pressionarem as autoridades através de petições onlines, para excluir a restrição homofóbica da agenda da saúde. Além disso, o Ministério da Saúde poderia aumentar o incentivo à doação de sangue sem restrições pela orientação sexual, através de parcerias com a mídia televisiva, exibindo comerciais em todos os horários. Dessa forma, o preconceito velado seria desconstruído e como consequência salvará mais vidas.