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Enviada em: 21/07/2018

No livro "Dom Quixote de La Mancha",de Miguel Cervantes,o protagonista passar por diversas batalhas malograda.Atualmente,essa história assemelha-se a luta diária dos homossexuais para poderem doar sangue,pois eles participam do "grupo de risco",ou seja,pessoas são impedidas de serem doadores sanguíneos por causa de sua orientação sexual.Tal fato além de ferir direitos constitucionais básicos,também reduz expressivamente o número de bolsas de sangues disponibilizados no sistema de saúde.    Cabe ressaltar,a princípio,que de acordo com o Doutor Drauzio Varella,em seu site,o que existe são comportamentos de risco e não grupos.Nesse sentido,é evidente que ao avaliar um doador o hemocentro deve buscar por fatores realmente relevantes,como o número de parceiros sexuais,o uso de drogas ou se o candidato fez tatuagens recentemente.De modo a continuar a proteger os receptores sanguíneos,mas aumentando o estoque de sangue.      Ademais,é importante expor que a lei de 2004 que proíbe a doação de sangue por homoafetivos têm claramente um histórico preconceituoso,o que já deveria ter sido retificado pelo Ministério da Saúde.Segundo a OMS ,na Rússia,por exemplo,depois que os homossexuais receberam o direito de serem doadores o número de bolsas de sangue disponíveis aumentou mais de 10%,o que  ,consequentemente, teve reflexos positivos na saúde nacional.    Entende-se,então,que depois de tanto tempo o preconceito não tem mais justificativa  e os homossexuais devem receber não só o direito,mas também o apoio social e governamental para serem doadores.Por conseguinte,é necessário que o Ministério da Saúde modifique a portaria legislativa que cita a homossexualidade como fator de risco,para que ,assim,esse grupo tenha a oportunidade de doar sangue sem impedimentos legais.Outrossim,é essencial que o Ministério da Educação em conjunto com organizações homoafetivas,como ABLGT(Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos),promovam campanhas de conscientização social sobre quais são os verdadeiros grupos de risco e a falta de vínculo entre a orientação sexual e as doenças sexualmente transmissíveis, a fim de garantir que a ignorância social não proíba atos que geram benefícios coletivos e torne essa luta uma permanente causa Dom Quixote,com boas intenções,mas perdida.